quarta-feira, 23 de março de 2011

O JOGO(75) AS POSSIBILIDADES E SUAS IMPOSIÇÕES


O tempo é o espaço conseguido entre a nossa expectativa e a forma conseguida de preenchê-lo. Uma noção projetada de fazê-lo dentro das bifurcações entre o passado e o futuro, nas condições imaginárias que torna passível configurá-lo dentro de alguma projeção. O tempo contado diferente do tempo percebido e dentro das condições milimétricas de poder medi-lo, levando em conta as diferentes dimensões prometidas em alertá-lo. Possivelmente, além das formas atemporais de prescrevê-lo, outras mais sucintas podem aproveitá-lo sem fazer assim um aspecto descolado e sem as maestrias que o tornam um senhor bastante elevado. Não é o tempo descolado do tempo porque ai inclui relevar todas as nossas recorrências e fazê-las tonalidades ritualizadas e sublimadas, podendo até ser possível recriá-lo continuamente.
Esta noção inverte a condição presente tornando-a somente um espaço vazio onde se instaura outros tempos e dentro deles outras concepções sublimadas de entendê-lo. Conflitos que podem torná-lo passível de certo domínio porque subverte a noção mais racional de prescrevê-lo; dentro das relações de esforço o tempo pode ser medido; das relações de valor também. Instauram sempre formas concretas e possíveis de fazê-lo preenchido porque assim o tempo é sentido e não ritualizado. Recorrências criam seus rituais, mas, o que as sublimam são justamente dispensar o esforço empreendido em concebê-la. Tornam-se ocas propostas e por isto dispensada das contagens normais que tornam o tempo o grande provedor inodoro dos sentidos.
Tornar-se possível reinventá-lo pode dispensar certas comparações e certas noções de encará-lo dentro de propostas definidas. Descolar do passado pode sugerir noções mais providenciais de refazê-lo, tornando iniciados procedimentos que, na realidade, podem estar sendo prometidos dentro de outras vontades. Vontades, aliás, que fazem esta noção um item submetido a qualquer tentativa de removê-lo da condição óbvia. O normal proferido entre o passado, o presente e o futuro é a relação desejada de qualquer procedimento que queira evoluir-se de maneira sensata. Mas o sensato pode ser outras e diferentes combinações porque, se tendemos a sublimar o tempo, queira ou não alguma confusão se faz nestes parâmetros demarcativos:o presente pode se tornar uma memória ilustrativa de qualquer tipo de referencia; pode ser a projeção do futuro instaurado dentro do presente momento; pode ser também o presente a deficiente expectativa futura; ao passado a dispersão instigada em refazê-lo continuamente. Isto torna o tempo uma entidade convencional ou uma armadilha insatisfeita de medi-lo, como se fosse um item e não um senhor determinante. Pode também elevar-se dentro dos procedimentos sublimados de entendê-lo ou das formas rituais que o promoveram a instancias tão elevadas, que possibilitou movimentos tão aéreos e fizeram dele linguagens profetizadas ou narrativas possíveis de poder descolá-lo de qualquer tipo de constatação. A sua consciência se forma na relação entre as instancias projetivas e na consideração mais próxima de sua determinação.
Por isto que fazem possíveis medir o tempo de sua maneira mais usual e nele empregar toda forma de medir as relações de esforço e suas projeções de valor, porque sentidas dentro de sua narrativa e dentro dos implacáveis reflexos que, provavelmente vão torná-lo uma surpresa a espreita ou uma previsível configuração.
O caractere mais evidente de toda prospecção pode ser o caráter confessional que torna solene a relação e, de certo modo, bastante perversa que o tempo produz em sua relação direta ou, em outras combinações que podem fazê-lo bastante complexo porque, a cada tipo de relação, um tempo é levado em conta e a este tempo outras exigências são consumidas a levar em consideração o fato acontecido e a relação consumida em compreende-lo. Diferentes expectativas contam tempos diferentes e a cada tipo de narrativa são consumidos tempos desiguais de compreendê-lo. Melhor fazer-se no tempo e não pelo tempo.

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