Uma narrativa impregnada e
contaminada induz conclusões precipitadas em situações irrelevantes, agravando
um pouco mais a invisibilidade das armadilhas e produzindo duvidas sobre
pressupostas veracidades ou, conseqüências
sublevadas ao resultado preliminar de interpretação. Somente em narrativas
acostumadas a linearidade dos fatos produz invasivos critérios de adulteração à
norma descrita, pretendendo burlar certos procedimentos usuais em tetos
prognosticamente favoráveis ao conluio ou, precipitá-lo a revelia da vontade e
das insurgências que daí produz hipóteses
e oscilações no discurso pretendente, pensando exatamente na operação lava jato e seu direcionamento
tático, alem das suposições que agora rondam sínteses intermediarias a aliterar
novos ares, também, tentar entender os critérios produzidos em tratá-la ao
convicto ou interrogar sobre outras vertentes advindas. Pensando, em hipótese,
que toda pretensão da fuga arquitetada por Delcídio
do Amaral e seus comparsas admitidos não se encontram desligadas de um
contexto maior, ou seja, de outros prováveis mandantes em eixo e ligação direta
noutras narrativas ainda inativas da lava jato; além de André Esteves, um provável delator nas próximas fases, outros
sujeitos ocultos tentem minar a operação evitando que fatos antes especulados
superficialmente surjam em flashes backs
como situações agravadas, principalmente neste elefante branco que se tornou a Sete Brasil, opção da tecnologia
nacional recheada de superfaturamentos, talvez, nascida e projetada para
cumprir tal especulação. Com certeza, fatos tratados pela lógica inicial de
investigação como, por exemplo, outra fachada para subseqüentes corrupções como
se tornou a refinaria Pasadena,
atrelada a personagens que, no vai e vem da informação desconstruída, revelam
novas peças de encaixe ao intrincado jogo de possibilidades e, dos excessos
superfaturados em claros excessos diários que agora impacienta invadindo
sujeitos e propósitos. Somente a
arquitetura de uma fuga premeditada para insurgir de um Delcídio pacificador e
de bom transito entre as partes, propondo um favor humanitário a tal intenção,
trama que sugere peças faltantes se, para tal ato invasivo Delcídio não se
encontrava em nenhuma premência ou lógica que derivasse tal precipitação.
Muito mais que perguntas sem
resposta ou evidencias plantadas aqui e ali os personagens que desaparecem e
retornam aos noticiários se encontram interligados sob outros ocultos, pressentidos
ao obter vazamentos preventivamente nas delações; fica ai a hipótese de
proteção quando, antecipadamente, sabem do objeto de ineditismo investigativo e
por quais direcionamentos levam políticos, empresários
e banqueiros a produzir novas fases,
ainda bifurcar seguimentos pelo direcionamento do dinheiro, senão aprofundar os
empréstimos do BNDES, alem de outros
prognósticos de indução do favorecimento descarado e, das tentativas de
obstrução do procedimento. Estas dúvidas demonstram que, aprofundadas analises,
responsabilidades ainda proverão de novas culpas e de outros seguimentos
empresariais mandantes do discurso intermediário e, nas bifurcações decorrentes
de novas perspectivas nas ramificações do poder, em acobertamentos muito mais
efusivos e delatantes do que sabem ate agora, para os que calam
estrategicamente em seu proveito. Delcídio, certamente sabe muito mais, mas não
deve ser ainda o elo final de toda trama, porem, se torna mais uma narrativa
associada do mensalão e petrolão. Falando nisto, o PT agora lança fogo ao determinar a sua
expulsão, descriminando variadas fidelidades
ao sabor das perspectivas cada vez mais individualizadas de convicção e
contaminação; este discurso diferencial atiça a delação e invoca o poder aos pretendimentos
nada favoráveis de desgaste elevado, acionando flashes backs como Pasadena e,
de quebra, envolvendo novamente Dilma
no discurso de culpa e do eximido evitante. Por estas e outras que o
impedimento oscila ao sabor chantagista de Eduardo
Cunha, senão num vai e vem do déficit
fiscal e de outras hipóteses cumpridas ao sabor da fragmentação política nas
exacerbações e manobras que, ao contrario do que se previa, continuam
turbinados mesmo com os avanços ceifadores da operação lava jato. A prevalência
do jogo político demonstra quão volátil se torna a vantagem e as simulações produzidas
nos momentos de esperteza estratégica, pensando neste tempo imediatista e saturado
que avança sequelando tudo em volta, ciclicamente viciado, produzindo provas
sucessivas sobre os erros nas tratativas do discurso limitado e, das baixas
intenções da sobrevivência a qualquer custo.
Herdar tantas manipulações do
governo anterior faz de Dilma este reflexo conflitante e situacional de evitar
o inevitável, tratando imbróglios sucessivos e variações temáticas que se
especializam em contaminar tudo a sua volta com informações delatantes e
progressivas. Não se sabe agora se Lula
e Dilma prevalecem sobre o contexto
ou submetem vacâncias do poder ao registro prognostico da operação lava jato e
de outras em curso, inversão que, a cada delação mais expressiva e explicita,
se formam novas evidencias e favorecimentos, sabendo que quando o modus
operandi passa a fazer parte de qualquer investigação, certamente já se tornou
comum e abusado proveito em vantagens muitas vezes exorbitantes e, em descuidados
tratos diários. Numa hipótese de associação das evidencias do mensalão e
petrolão tem-se então um ciclo político
devidamente contaminado pelo favorecimento indevido e, pela vantagem operacional
movida pelos subterrâneos e labirintos da adulteração e manipulação extorsiva.
Em muitos momentos tem-se a trajetória do dinheiro em seqüência linear, mas faltam
ainda peças que prefigurem desenhos e sistematizem explicitamente estes
elefantes brancos em proveito e extensão e no tamanho desta corrupção,
incluindo ainda a organização funcional de toda engrenagem desenvolvida para
produzir desfalques volumosos e artimanhas que, em alguns casos, pecam pelo
desmazelo estratégico. O imbróglio político-econômico tem suas raízes nestes
elementos faltantes, sujeitos ocultos, monopolizando todo direcionamento e
influindo a toda prova nesta catarse que atinge em cheio a população. Nunca
antes se viu com tal explicitude um imbróglio emergindo contaminado e, se
tornando explicito pela ambição exagerada e manipulação extorsiva.
Definitivamente que nem só a
operação lava jato move o mundo, mas como era de se esperar o paradoxo político
movimenta ainda muito mais os expedientes midiáticos e cíclicos, turbinando e até,
em muitos casos, ofuscando a debilidade econômica; tais oscilações se percebem
nestas chantagens explicitas de Eduardo Cunha, numa ambigüidade entre obstruir
a justiça e seguir o regimento interno, colocando o PT numa armadilha exuberante
e de demorado desfecho argumentativo. Mesmo sabendo deste precedente criado
pela prisão de Delcídio, as manobras continuam a todo vapor, criando muito mais
agravantes à ordem constitucional que imaginam os afoitos conclusivos. Em teste
de resistência ao paradoxo, o poder submete através de seu partido de
sustentação a esta estrutura novelesca que se tornou o impedimento, os favoráveis e contrários, e o desgaste continuado
sofrido diariamente ao cenário político – crise prolongada – empenhado pela
oscilação dos fatos e pelas ressignificações sobrepostas do irrelevante/drástico em sazonalidade interpretativa e, conclusões que deságüem no
erro e na imprecisão diagnostica. Este paradoxo,
natural nos momentos onde hipóteses e cenários desenvolvem delirantes e instituídos,
provoquem situações constrangedoras como esta de defender a permanência de
Eduardo Cunha ou impedir que cumpra o mandato; fruto destes exercícios que se
vão desenhando entre governo e oposição na tentativa de criar um embate político
através de um escudo comum insurgiu-se, como agora se percebe, neste vultoso
problema que se tornou Eduardo Cunha, senão reduzido a esta forma caricatural
de manipulação e tática. Tentando preservar o que falta em todos os personagens
conflitantes, a moral e ética submersa e relegada a distancia conspiratória,
aguarda que os sucessivos impactos da lava jato venha precipitar o que falta em
raciocínio e vantagem pensando que, nesta profunda crise de valores, o arsenal
de Cunha agora ficou reduzido à pura chantagem e manipulação. Tais paradoxos
encontram no universo fragmentado as
mesmas fases designativas da operação lava jato (fase 21) invertido em desenho contextual e provocado por personalismos
exagerados em fragilidades exibicionistas que se vão associando em alternância e
impulso, num cruzamento entre a catarse e a ordem, tentativas intercaladas com
regularidades providenciais de resultado. Alem de se encontrar denunciado e
delatado, Eduardo Cunha subverte o contexto ético pelo tratamento de choque e,
do acintoso proveito individual, enquanto o PT tenta reagir pela simples sobrevivência,
digladiando internamente ao evitar o oscilante impedimento, vai e vem que por
si só desgasta e induz conclusões fortalecidas ou, atenuantes provisórios do
conflito. Esta novela em curso ainda vai exibir paradoxos e conseqüências,
muito mais que aos imediatistas interesse o momento narrativo, toda lógica sequelada
ainda produzirá a configuração do que evita, pensando ai que fragmentações
exageradas operam por tentativas e erros, ainda, produzindo ciclos informativos
viciados, movimentos que distorcem continuamente ao eximir de alternativas o
condicionamento de personagens a esta degradação DIÁRIA.
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