quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O JOGO(47) AS VULNERABILIDADES

Algumas vezes nos mostramos mais vulneráveis - além de suscetíveis – a certas interferencias que, por sua vez, se mostram – em decorrência – imperiosas. Por estarmos assim,desta forma,que enormes se tornam certos problemas e, por menores que se resultem, nos impactam sobremaneira a ponto de nos sentirmos atingidos por suas variações. Não se trata,entretanto de dimensiona-los de maneiras diferentes até porque, para cada um, dimensões também difererentes se encontram na maneira de encara-lo.
Mas, como se torna um fato comum se ver nestas circunstancias que nem passamos a considera-la como uma situação em si, mas nos apoiamos e tentamos refletir mais no seu combate.Nega-la,entretanto, nunca vai se tornar em uma rápida solução - pode, no máximo, estabelecer outros
estados comparativos que possamos nos situar sem, entretanto, nos tornar imunes a suas investidas. O que se coloca como uma eminente premissa talvez seja o fato de passarmos a admitir que nos encontramos assim, vulneráveis; mas tanta franqueza talvez não se encontre um respaldo legal nos ditames sociais e,assim, pode se tornar uma questão interna a ser travada com nossas defesas, que em decorrência ,não tenha que resultar em algum tipo de discurso.
Ansiedade também pode nos levar a alguma conclusão precipitada porque, tensionada de forma a ter uma forçada tradução nos impulsione a se fazer mais suscetíveis e a nos deparar com sólidas barreiras que é o que normalmente vai ocorrer quando sabemos que o problema continua ali, intacto.Nem só problemas nos tornam vulneráveis, mas algumas situações inesperadas que se tornam em desdobramentos imprevisíveis também nos faz atuar defensivamente.
O que talvez nem notamos é que, nestes estados de vulnerabilidade, que passamos normalmente a lidar com frestas muitas vezes desconhecidas de nossa personalidade que acabam se projetando de forma a tentar compensar aquele estado confrontativo e silencioso.Somos impelidos a desenvolver certas vertentes, muitas vezes de grandes procedencias ou improcedentes aspectos, além de formas imaginárias que vão ocupando o espaço que se tornou de alguma forma vulnerável, com conclusões a altura daquela situação inesperada ou daquele problema insoluvel.
Vão se sobrepondo certos aspectos que poderiam até continuar latentes se não fosse a nossa tentativa de nos ver superando ou tornando tudo como peças de um passado.Podem também se tornar, pelo tempo, em situações absorvidas e projetadas com uma naturalidade que continuaria natural em virtude da nossa impotencia em torna-los novamente acesos ou instrumentos de controle da qual foram desaparecidos ou subjugados.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, faz parte da nossa personalidade também tentar mante-la dentro do que achamos aceitável e isto independe de certas considerações amenizadoras porque,sendo amenizadoras nem sempre se constituem em soluções compatíveis áquilo a que se propõe mante-la coerente.E manter coerente a nossa personalidade faz parte do percentual que vamos projetá-la em decorrencia.
O que pode também acontecer numa evidente desconsideração de certos percentuais é que passamos a nos projetar com crescentes diferenças em relação ao que somos e aquilo que foi absorvido socialmente.Estas diferenças sempre vão existir,mas é no seu tamanho que se encontram certos radicais que acabam funcionando como orientadores nas diferentes direções que cada personagem vai tomar.O que pode explicar as nossas contradições em estabelecer certa coerência entre o certo e o errado,além de outros, dependentes destes ajustes diários
O que pode nos fazer então vulneráveis a algum problema ou situação, pode, em alguns casos,ser num reflexo destas mesmas diferenças porque,retroativamente ou instantaneamente passamos a nos ver neste confronto.

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