quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O JOGO(48) A LÓGICA E SUAS CONSTRUÇÕES

O que nos desperta a pensar de forma lógica talvez se faça pelo distanciamento seguro a que propomos analisar e recriar a realidade, de maneira a ajustá-la ao nosso foco e, devolve-la novamente ao seu propósito. O que se torna sem uma lógica aparente talvez seja na forma que levamos em consideração para fazê-la novamente crível, ou seja; os meios que se deram acabam configurando a maneira como esta lógica irá ser empregada. O que nos leva a este raciocínio diferenciado esta intrinsecamente ligado as pequenas diferenças percebidas nesta transposição.
Não se trata de nenhuma elaboração muito distante, apenas de constatações que podem se tornar visíveis nas pequenas construções que dão o tom de nossa rotina. Vão se tornando mais frias em virtude de serem repetidamente executadas - mas não se tratam de repetições até porque repetir acaba se fazendo em algum sentido, mas no distanciamento provocado. Com este distanciamento conseguimos nos ver livres da forma automática e nos concentramos naquilo que a sustenta; a sua lógica. Por ai acabam se verificando as maneiras onde são compreendidos certos fatos que acontecem normalmente no nosso dia a dia e a maneira que encontramos de encará-los com naturalidade.
No seu distanciamento passamos a elaborar e a aplicar um rigor crescente nas suas subseqüências o que nos torna mais concentrados na forma como o fato se verificou do que com o fato em si. Poderia até ser considerado um ¨viés ¨mas, como se faz progressivamente acaba se tornando uma maneira que atribuímos a nossa forma madura de encarar os fatos.Porém, o que nos faz despertar e compreender com certa maturidade se dá mais nos meios como foram construídos e a partir de onde foram sustentados,e isto pertence ao universo de cada um.
O que geralmente apóia numa lógica vigente encontra-se atrelado a áreas onde nosso interesse não se mostra prevalente e, por isto, torna-se uma referência comum. O que pode deixar empobrecida esta lógica esta justamente na utilização ou descarte dos dispositivos disponíveis na sua análise e não se traduz em ter a disposição um número de informações capazes de suprir em número o que, em decorrência, tenha que tornar enriquecida a sua avaliação. Encontram-se mais no aspecto utilitário mesmo, de aproveitar as informações disponíveis de forma a possibilitar ou viabilizar a sua lógica.
São conclusões que vão demarcando e possibilitando que certas diferenças se façam em algumas progressões, em relação as que ficaram niveladas ao senso comum. O que pode evitar uma mesma conclusão fica a cargo de uma revisão que torne presente aquele fato que se mostrou na origem e, de maneira progressiva o torne em atualidade e não em uma validade.
Por outro lado, o que faz da memória uma instrumento viabilizador de certas diferenças está justamente no seu estímulo em não se ver iniciando pelos mesmos contornos e isto se faz na maneira como iniciamos e não nas diferenças propostas pelo exercício.
Quando prevalece a lógica vigente corremos alguns riscos - além do decorrente nivelamento – de tornarmos descolados da realidade e de transferir-mos para aquelas elaborações onde o rigor crescente acaba superando e excluindo o que ficou de original. Nestes momentos onde distanciamentos se tornam cada vez mais necessários que vamos construindo nossas retóricas cada vez mais rigorosas para compensar aquilo que se tornou de alguma forma superado e, vamos neste sentido, operando estas diferenças e, mais uma vez, dependentes da lógica vigente vamos nos diferenciando pelo rigor e não por atitudes simples que é repensar aquilo que esta sendo feito dentro do atual contexto

Nenhum comentário:

Postar um comentário