quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O JOGO(64) A PERSONALIDADE E SUAS IDENTIDADES

Há sempre um componente a menos em qualquer desejo de impor sua identidade e um componente a mais em qualquer viés de compreendê-la. No entanto há um espaço entre a sua integração textual e sua informação contextual que partem para desafiá-los dentro de perspectivas e afirmações que invistam em torná-las parte ou, pelo menos, um detalhe estendido de sua pessoa.
Entre impor ou deixá-la fluir existe uma resposta suspensa que não se resolve enquanto uma pergunta não for formulada em sua questão. Existe também uma pergunta sempre respondida quando nossa identidade se faz dentro de sua extensão e promove os seus acertos, além de estabelecê-los. O que parece evidente transforma-se em itens esquecidos e voltam a prevalecer pelo sabor de ser protagonista, ou pelo desejo de exercer o papel destinado a tocá-la sempre que necessário.
Por mais que exista este desejo de fazê-las parte integrante de qualquer exercício diário existem – em contrapartida – os limites que fazem pequenos contentores ou grandes recipientes em torná-las parte integrante, de qualquer forma devidamente absorvida e contextualizada. São justamente aqueles retornos percebidos e perceptíveis, traduzidos por inteiro ou em partes conscientemente projetadas, além de intencionalmente rejeitadas por evidencias – novamente - por projeções instaladas para limitá-las ou satisfazê-las plenamente. Independentes, portanto de achar que nossas identidades são exercidas com a plenitude em fazê-las itens exclusivos quando – na verdade – são modeladas por nossa tentativa de mante-las condicionadas a este protótipo definido exclusivamente dentro de seus reflexos.
Adiante um pouco dos condicionadores da imagem, existem os condicionadores da identidade que, em muitos casos, encontram-se em relativas equiparações e podem se ater a constituir assemelhadas percepções.
Mas, pensando um pouco mais, podemos perceber que o que torna a nossa imagem tridimensional está nos contrastes exercidos por nossa identidade que, em contrapartida se torna um componente mais próximo da nossa personalidade. Como a nossa personalidade é a nossa forma genuína de identificação, esta relação - quando estendida – comporta em torná-la viável e se transforma em marcas comprovadamente aceitáveis. Neste ponto é que nossa identidade prevalece e se torna o aprimoramento daquilo que marcou através de nossa personalidade.
Como identidades provocam e se tornam itens acrescentados de qualquer personalidade não fica difícil imaginar o porquê de termos que valida-la toda vez que desejamos ver compreendida em sua extensão. Se não, ou se faz em efeito sanfona ou entende-se prontamente a tonalidade daquele gesto.
Por mais que outras construções se façam percebidas em sobreposição, ficam-se registradas dentro de qualquer tipo de associação, que parte em torná-la compreendida desta forma. Compensar nossas atitudes com outras que torne reguláveis nossas comparações, acabam fazendo-se justamente destinadas às percepções relacionadas a nossa imagem. Quando relacionadas a nossa identidade se tornam as nossas marcas pretendidas em sua função e não o contrário.
Estas diferenças inexistem enquanto não colocamos em teste a nossa vontade e, dentro desta vontade, nos vermos em nossas próprias identificações. Fora deste conflito é comum estarem associadas a nossa imagem e dentro das formas de percebê-las. Acabam agrupando em função de mantermos integradas dentro de níveis mais rarefeitos a nossa posição, e tentar ajustá-la dentro dos excessos cometidos, ou das faltas encenadas em mantermos possíveis e compreendidos. Aquele mito de tentar compreender tudo pela forma mais madura possível encontra-se em flagrante descompasso com a nossa identidade. Uma vez externada encontra-se normalmente os acessos considerados e as oposições empenhadas em fazê-las surpreendentemente inéditas ou lamentavelmente recorrentes as nossas manifestações. O contrário desta ótica seria aquela de tentarmos prevalecer normalmente entre relações de causa e efeito e dentro disto inexistentes procedimentos de identidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário