quarta-feira, 4 de maio de 2011

O JOGO(81) EXTENSÕES E COMEDIMENTOS

Pode-se pensar que o poder existe no tipo ou institui-se na forma em fazê-lo um adereço sensato às consciências e vontades comuns de cada pessoa. Tipos existem, mas são formatados pelos expedientes burocráticos de entendê-los comportados dentro das autoridades previstas em exercê-lo
Mas, nem tanto se entende o poder se não consegue visualizá-lo dentro das extensões próprias da pessoa, porque individualizam seus limites e administram seus ajustes sociais. Ajustes, aliás, são próprios de qualquer tipo de legitimidade que deseje encará-lo como um procedimento circunspecto a outros tipos de comedimentos. Entende-se que o poder é um exercício de distanciamento provocado entre sua vontade e a sua consciência em exercê-los. Consciências variam, por isto são emblemáticas referencias que se comportam a julgá-lo dentro dos seus impulsos ou infalíveis campos visuais destinados a preenchê-lo. É a sua capacidade de intervir, dentro das estratégias apresentadas em contrair para si procedimentos que vão se tornar destinados em exercê-lo. Pode ser mais simples, exercendo por instintos naturais ou complexos movimentos condicionados a permanentes escalas reflexivas. Depende do tipo, mas quase sempre se sustentam a partir do limite proposto em sintetizá-lo.
Poderes exercem amiúde, empregando certo tipo de autoridade em destiná-lo a pequenas intervenções em pequenos suportes ou, em grandes intervenções de pequeno porte. Porte, aliás, na forma que destina o poder suas conseqüências naturais de exercê-lo, ou aviltam sempre pelo resultado de seu aspecto social e conseqüentemente num modo legalizado.
Mas, antes um pouco, existe um modo insatisfeito ou satisfeito de exercê-lo ou um impulso que o precipite dentro das extensões do próprio corpo. Sujeito institui seu poder, levando junto suas negativas propícias a superá-la ou seus complementos posicionados a promovê-lo, um pouco antes de configurado o seu exercício. Por isto personalidades se formam diferentes de sua pessoa e por ai alimentam-se pelo poder sua forma preponderante de existir, ou em sua satisfação em prove-lo dentro das intensidades próprias de sua negativa ou impulsionado pelos registros resultantes em torná-lo – de alguma forma – propostas constantes em exercitá-lo.
Só o desejo alimenta suas diferenças em exercê-lo e negá-lo, na mesma proporção em que destinam sua pessoa em diferenciá-la de sua personalidade. Consciências se tornam embates próprios entre o desejo e o impulso em resultá-lo na forma individual de poder. Regulado por sua vontade (desejo) em exercê-lo por seu protótipo resultante aos apelos sociais.
Estendendo portando aos alcances, o desejo afirma-se sobre o social na medida em que passa a configurar dentro das propostas existentes de poder. A sua vontade tornada prevalente sobre a extensão proveniente de sua personalidade, dentro do que pode determinar a diferença de sua pessoa ou fazê-la unicamente um exercício totalizado, daquilo que resultou deste procedimento regulatório. Quando sua vontade passa a se submeter a um ponto específico em refleti-la, acontecem as insatisfações e as compensações próprias em tornar-se prevalente por seu exercício ou prevalecer pelo seu desejo e o impedimento em concluí-lo. Transforma-se num ajuste proporcionado em ser representado por outras referencias regulatórias, em torná-lo propício a extensão daquilo que vislumbrou apropriado à sua personalidade ou adequado a sua pessoa. Ou pode também encontar-se na forma satisfeita e apropriada a sua extensão produzida. Depende do tipo de poder conseguido antes de tornar-se burocratizado em seus procedimentos e, portanto, dentro das regulações próprias do aparelho funcional. O poder se torna então aquilo que se forjou dentro do seu desejo em conseguir impor – pelo social – a sua proposta individual de proceder. Poder legítimo construído dentro das negativas próprias de sua pessoa e diferentes portando do absorvido pela personalidade assistida. Por isto que a prevalência da personalidade burocratiza os procedimentos pessoais tornando-se adequados em suas intervenções, mas desprovidos – em sua medida – daquilo que os impulsiona, ou seja, o desejo refletido dentro da extensão que caracteriza a sua pessoa.

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