quarta-feira, 2 de junho de 2010

O JOGO (35) O EFEITO DO TOLERADO

Lógicas quase sempre envolvem e, se não envolvem, buscam em suas evoluções justificativas que, em algum momento, vão se confirmar em raciocínios que sempre implicam em rápidas respostas ou em tolerâncias que se tornam em testes de resistência além de se valerem como a principal justificativa para um eventual tropeço.Uma virtude bastante questionada em tempos que seu exercício demanda cada vez mais em firmes propósitos – muito mais que simplesmente esperar – porque tem a obrigação de se superar nas constantes mudanças naturais e de fazer prevalecer o objeto da tolerância.Isto considerando que se vá desenhar pela frente um cenário que, se não totalmente favorável, vá valer a pena aplicar este ¨stand by¨.
Mas como – árdua tarefa, dominar ou ter o controle sobre o tempo, torna-se difícil e duvidoso prescreve-lo em doses de tolerância quando a própria pode assumir uma postura de mediadora experiente como pode também tornar subserviente e cada vez mais dependente da construção de sua lógica.Vista pela ótica de nossa necessidade diária de respostas a tolerância constitui-se num verdadeiro exercício de desprendimento porque tem-se que aplicar sempre a relevância, considerar o relativo, além de outras hipóteses que podem ou não se constituir em um distanciamento positivo posicionado nos degraus normais de qualquer evolução.
Salvo esta consideração é na realidade aparente que tolerar se transmuta e adquire ares de impossibilidades ou então de adiamentos, além de representar o estigma da espera estas incautas barreiras que se impõem a uma resposta prática, linear, isenta dos transtornos causados por este tipo de situação que se tratada em ótica diferente vai cair literalmente em exercícios de poder. Como grande exercício então pode representar todas estas situações juntas vividas e concluídas pelos respectivos momentos em que foram impressas, mas, no geral, é com uma situação que se mostrou impositiva de modo natural ou conveniente que esta relação vai passar a sublinhar e a caracterizar a tolerância de tolerante ou no que ela representar no momento.
Ganhar ou perder, momento certo ou não, se constituem então em condições que se alteram em busca de uma justificativa plausível que transforme os momentos de espera em respostas intermediárias que precisam se compreender naqueles instantes, além de transformarem em aceitação a condição imposta. Como num objeto qualquer que só afunda se exercermos sobre ele uma pressão, tolerar significa afundá-lo para depois, de volta a tona necessitar deste mesmo movimento quando se fizer necessário ou conveniente. Além disso, se a tolerância se fizesse sem a participação do outro não haveria tempos cronológicos para que uma situação limite se apresentasse e promovesse ali uma tentativa de inversão de situação e acabaria sendo determinado somente pelas transformações que se dessem a revelia de qualquer outra condição.
Mas, como são dependentes e se movimentam neste sentido, tolerar – assim como em muitas outras condições – tem o efeito modificador porque atua diretamente sobre a nossa vontade e a despeito das nossas impulsividades e do nosso comedimento, quase sempre significa ter que adiar em alguma circunstancia e, adiando, acaba promovendo mudanças na sua forma de encara-la o que pode torna-la de uma condição acessória a uma condição principal e ai então dependendo unicamente da forma positiva ou negativa de situa-la.

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