quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O JOGO(53) AS COERÊNCIAS E AS CONDUTAS

Personagem e seu discurso são itens requisitados em momentos onde coerências parecem ser o principal norteador de personalidade.Pode ser, mas torna-las parte integrante de qualquer avaliação acaba condicionando o discurso ou limitando a pessoa. O inverso seria imaginar que não podemos dissociar a pessoa do seu discurso, mas, desta maneira, passamos a nos concentrar nas evidências e a prejulga-las a partir daí. Os detalhes – estes muito valiosos – seriam minimizados e irrelevantemente deixados de estabelecer algum tipo de valor.Ou evidenciados e elaborados de forma a tornar complexa a pessoa e seu discurso e, ainda mais preocupante, o resultado desta associação. O que pode determinar uma gama maior de destinos ou uma menor dependência deste tipo de comparação.
Melhor designaria esta dependência a nossa condição de sujeito, para avaliar o quanto esta associação de personagem ao seu discurso iria fazer-se dominante em alguma avaliação. Ou, deixa-la fluir normalmente, porque seria impossível conter tais julgamentos.
Na verdade, quando nos condicionam a estas coerências estão tentando nos classificar dentro daquilo que nos tornam traduzíveis e decodificados como referências. Se, nos tornarmos visíveis só através destas evidências, deixamos de considerar os complementos que poderiam impor outras avaliações. Sujeitos então, passaríamos a atender esta pontuação e, por ai, reduziríamos gradativamente aquilo que vai tornar-se enriquecido em seu resultado. Empobrecida a imagem, consumida com rapidez. Enriquecida, melhor traduzida.
Não é puramente pela sua complexidade que qualquer tradução se impossibilitaria, mas, muitas vezes, é a nossa tentativa de encaixar a pessoa ao seu discurso que inviabiliza que nuances sejam percebidas. O não dito é um outro discurso que paralelamente se faz em construções muitas vezes instintivas, mas, tão complementares a qualquer personalidade quanto ao que foi trabalhado por alguma via. O nosso interesse então seria outro fator empobrecedor ou enriquecedor que acabaria influenciando neste procedimento seletivo.
Mas, o que mais condiciona a estabelecermos estas coerências se encontram nestas combinações entre o interesse e seu julgamento de valor.Influir e ser influenciado ainda torna esta mistura um tanto prejudicada ou supervalorizada em sua atribuição aos julgamentos.Vantagens são vistas também como interferências provocativas a qualquer exigência de minimizar ou supervalorizar o condicionamento entre pessoa e seu discurso. Exigir coerências sempre é mais fácil do que ser ver dentro delas.
O decisivo, entretanto, continua sendo conter ou eliminar as expectativas, porque então se traduziriam em delimitar e condicionar eternamente personagem ao seu discurso. E isto seria como impor que certos modelos acabem fazendo-se protagonistas quando – na verdade – é do personagem esta evidente apropriação.Coerências também são atos reflexos porque – uma vez evidenciadas – são cobradas, ou, pelo menos, sublinhadas em seus ajustes naturais, quando estão condicionando o discurso ao personagem.
Assim, como toda exigência gera outra, toda coerência também se faz permitida mesmo que separadas por suas evidentes escalas de valor. Tentar se adequar dentro ou a partir delas geralmente tornam-se limites naturais que, sucessivamente, vão reproduzindo em outras menos elementares, até se constituírem em lógicas tão particulares quanto às imposições que foram condicionadas a esta construção. Obstrui-las, entretanto, nunca se tornou um modelo a ser seguido, mas submeter certos detalhes ou deixar de considerar certos elementos nunca vai se constituir em uma troca justa - somente naquelas observações ou considerações onde o outro se torne um objetivo a ser superado

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

Certas diferenças acabam nem se fazendo perceptíveis naqueles momentos em que temos que optar entre o nosso universo percebido daquele atestado dentro de sua comprovação. Geralmente ocorrem quando nos vemos protagonistas de qualquer atitude ou fato que, além de nos fazer em um princípio, nos fazem de alguma forma, defensivos. Um investimento seguro principalmente quando – além de normais emissores – nos tornamos em um destino previsto. Não, não é a lei do eterno retorno - apesar de ser assim perceptível – mas aquela diferença geralmente apontada quando nos propomos realmente a concretização de algum fato, do que levamos em consideração quando não estivermos dispostos nesta finalidade.
Esta é uma diferença que se faz normalmente quando não temos claramente discerníveis aquilo que se faz - levando em consideração a sua finalidade - daquilo que esta sendo elaborado e que, nem sempre, irá se traduzir em alguma ação concreta. Poderia ser também traduzido dentro de alguma especificidade, mas aí não iríamos perceber a diferença constante nestes dois universos. Poderia também ser apenas sentido quando percebermos que certas atitudes nem sempre levaram a seus resultados decorrentes. Nem tão comum em sua percepção, mas muitas vezes sentido em sua conseqüência e tornando-se recorrentes, na medida em que estes universos passam a se ver em uma distancia cada vez maior.
Tudo acabaria finalizado em uma diferença perceptiva, se não fosse a nossa necessidade de ver concretizado aquilo que foi destinado a este fim. Levando em consideração o que vamos colhendo neste trajeto poderia resultar em adaptações que, adiantes, não tornariam satisfeitas ou nos surpreendesse sobremaneira a forma como realmente foi concluída. Diferenças que podem ser atribuídas a forma como se iniciou ou do aperfeiçoamento aplicado no seu intervalo tudo, de alguma forma, podendo ser traduzido em um tipo de resultado, dependendo , é claro, da nossa disposição em torná-lo satisfeito.
Mas, como sempre contrapartidas existem, tentamos evitá-las de maneira negativa e, para isto, acabamos sempre aplicando o mesmo principio na tentativa de ver um resultado semelhante ao anterior, ou pelo menos, feito satisfatório na sua medida. O que vai ficando distante nesta recorrência são nossos pontos fixos que, nem sempre, vão se tornar satisfatórios. Nesta medida entre a sua proposta e o resultado é que vamos notando a diferença no que foi estabelecido daquilo que foi feito em uma condição real.
Evitamos sempre mudar o princípio, mas desejamos ver diferentes os seus resultados. Neste descuido normal, entre o que ficou automático daquilo que passou a ser uma condição, vamos percebendo as diferenças que fazem estes universos tornarem entidades autônomas e serem atribuídos como um resultado deslocado de sua pretensão. Muitas vezes a nossa recorrência acaba traduzindo-se em convicções vistas de maneira positiva, outras vezes em pontos de partida fora do contexto - fato é que, nem sempre podemos concebê-los desta forma, mas acabam sendo vistos nesta condição . Quanto aos resultados, estes sim, podem tornar-se surpresos, na medida daquilo que foi levado em consideração. Quanto a considerações e suas surpresas, acabam consequentemente sendo as respostas do nosso empenho, porque desta forma ficamos mais atentos às diferenças constantes nestes dois universos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O JOGO(52) UTILIDADE E SUAS NECESSIDADES


Situações podem assim finalizar ou transmutar em condições mais específicas e serem examinadas dentro de evidentes escalas de valor.Entretanto, se fizerem de alguma forma utilitárias ou, condicionadas as nossas necessidades, acabamos por delegar certas flexibilidades em sua atribuição.
Não há, como negar que, utilidades se encerram dentro de suas noções de uso, muito condicionadas a seu pronto atendimento. Nesta escala, não cabe uma aparente dificuldade, ou, se cabe, não se faça maior que a sua evidente necessidade e das multiutilidades que possam advir.
Normalmente condicionada aos raciocínios mais genéricos são – dentro deste parâmetro – dispensadas de uma atenção e, concluídas para serem consumidas dentro de seus limites previsíveis.
A aparente contradição se encontra justamente quando esta necessidade passa a se tornar uma condição e sua utilidade passa a se valer de seus pré-requisitos para se fazer confirmada.Não havendo esta demanda, tudo continuaria dentro de suas disponibilidades e, seus enquadramentos se fariam dentro das condições de sua previsibilidade. O que poderia ocorrer – a partir daí - um outro tipo de relação, além dos aparentes e delegados limites; aquela desatenção proveniente da certeza de sua resposta e uma necessidade cada vez mais exposta e menos elaborada.
O que faz da utilidade seu caráter específico se encontra na maneira disponível de apresentar, evitando que se construa qualquer tentativa de ver sabotada as suas pretensões, e estabelecendo condições favoráveis de consumo, dentro dos parâmetros ditos superficiais.A relação de valor acaba se medindo de uma forma relativa ou em aparente descompasso com a satisfação de sua necessidade.
Mas há oscilações nesta relação de valor e, quando se mostram, acabam condicionando ou levando junto a sua percepção.Neste elástico movimento, conclusões são distribuídas sempre tentando subverter o seu grau de atribuição, além de outros procedimentos que se modificam dentro da maneira de como se apresentam.
É como se determinado fato estabelecesse as mesmas relações a todo ou em momentos onde a sua necessidade se mostre evidente.Sendo disponível pode se tornar repetido e, assim, dentro de uma sucessão de utilidades e seus fins, tornariam visíveis somente pela forma, que acabou se tornando inconsciente nesta relação.Neste movimento, uma situação de poder se estabelece, tornando claros os níveis e suas direções a que vão destinar esta relação.Apesar de se mostrarem e se tornarem compatíveis, esta relação ganha seus contornos mais definidos quando sua necessidade acaba superando e determinando outros valores que não aqueles estabelecidos em sua disposição.
Seja por evidentes certezas, seja pela maneira empregada em suas intenções, além de outras formas pertencentes a qualquer situação que se torne presumível nesta base, o que vai pertencer à esfera de sua memória é a sua repetição e a esfera do desejo as suas atribuições de valor. Lembranças acabam se condicionando ao exercício utilitário e recorrente naquilo que promove a sua evidente satisfação.O que pode se tornar necessário vai promover, em outro ponto, sua condição satisfatória e isto pode se dar no seu exercício e não na sua concepção.Quanto a sua mudança de posição ou o caráter de sua evolução somente passam a se tornar evidentes dentro de suas faltas, e dentro delas, outras concepções.
Utilidades se tornam itens resistentes na memória e, por estarem condicionadas as suas necessidades, nem sempre se transformam em relações compatíveis de valor.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

O que nos impulsiona a estabelecer algumas comparações se encontram justamente nestas referencias que, normalmente ou inconscientemente, se tornam absorvidas e resolvidas ou, de alguma situação, tornadas em tempo real, e transmitidas como uma informação decorrente. Nestes processos - muitas vezes condicionados ao nosso senso crítico - o que vai sendo determinado no momento acaba se transformando em pequenos passados ou em lembranças muitas vezes reverenciadas e reproduzidas, como se fazem normalmente a nossa busca por uma satisfação. O que normalmente vai nos condicionando nestes eternos retornos são os parâmetros produzidos como contentores ou limitadores que acabam determinando nossa dependência de referencias reais ou de sínteses proferidas pelo os mais diversos sensos críticos.
Objetos de alguma análise, a diferença estabelecida entre cultura e informação se encontra justamente no procedimento crítico e disponível, que torna diferenciado aquilo que se distingue em seu processo produtivo. Muita informação é produzida, como foram proporcionalmente realizadas em outros tempos e em formatos diferentes. O que continua sendo feito - em contrapartida – é determinar certos padrões que melhor selecionem aquilo que é veiculado e – da mesma forma – tornando excedente a mesma proporção que era condicionada em outros tempos. Nestes intervalos cada vez maiores muitas e boas vertentes são relegadas ao segundo plano e, da mesma maneira, são destinadas ao esquecimento na mesma proporção de sua padronização.
O que inicialmente pode causar certa confusão é quando condicionamos – sem escalas – cultura e informação. O procedimento normal que qualifica qualquer ser humano a levar em consideração o destino de cada informação também condiciona ao nosso senso crítico a sua seleção. Tudo evidentemente em excesso leva a uma natural saturação e, com a informação, o procedimento se torna, da mesma forma, um dependente confesso. Com a cultura é um pouco diferente porque, além de sofrer o mesmo filtro crítico que qualquer informação possa empregar, consegue se destacar em seu grau de elaboração.
Mas como existe a informação relevante a cultura também reflete esta condição e é, a partir desta seleção, que vamos normalmente estabelecendo nossos filtros e exigentes então vamos tornando mais seletos nesta direção, sempre partindo daquilo que considerávamos como nossas referencias vividas ou eleitas.
Há que diferenciar esta relevância dos seus padrões, normalmente estabelecidos pelo interesse geral, daquilo que evidentemente vai nos tornar diretivos em qualquer opção. Mesmo que, estabelecidas estas diferenças, vão tornar-se novamente iguais em qualquer ponto, pelo menos já foram delegadas planos diferentes para a sua comparação.E é,por este tipo de comparação que muitas vezes deixamos de perceber os movimentos que se fazem na realidade e nas informações produzidas neste tempo real porque, as suas diferenças, residem justamente nesta falta de síntese que o presente constitui em seus movimentos. Não conseguimos viver e produzir simultaneamente a sua percepção, mas das informações presentes conseguimos, pelo menos, extrair certas comparações comprobatórias de outras referencias sem ter que elegê-las eternamente como um projeto pronto e acabado. É esta percepção que pode alimentar ou desfazer com mais rapidez aquilo que – em outros tempos – eram levantados ou eleitos como focos determinantes e tornadas referencias normais a qualquer revisitação que normalmente tenhamos que fazer.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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O JOGO(51) AS FORMAS DE SE EXERCER

O que poderia ter sido uma co-relação amigável entre a autoridade e seu estado autoritário tornou-se – ao longo do tempo – numa mistura mais evidente, dentro dos trâmites que se valem da burocracia para confundi-las. Mas nada que nos remeta a este sentido perfilado e nos canse de ter que escalá-los e se fazerem em compartimentos muitas vezes bem maiores que a proporção de sua autoridade. Não, não são estas barreiras naturais que, muitas vezes, somos impelidos a construí-las como procedimentos protocolares e condicionadores compatíveis ao histórico de cada um.
Esta relação se encontra mais evidente no próprio exercício desta autoridade e, quando se fazem, conseguem-se tornar comprobatórios todos os procedimentos levados em sua consideração. O que, em alguns casos, se fazem necessários complementos, são delegados como naturais composições de sua figura e, se tornam – com o tempo – em itens necessários e tornados referentes contra o natural desgaste que toda autoridade está sujeita.
O impacto, como primeiro decodificador de qualquer autoridade, prima por tentar absorver aquilo que se mostra completo e consciente, bem mais até que se mostram em uma recorrência e, bem menos do que sua completa tradução. Restam – em conseqüência – os procedimentos de acesso, que são as hastes visíveis de qualquer autoridade, e se constituem em seus ditames até que se façam permitidas a sua figura.
Nestes procedimentos - muitas vezes utilizados como empecilhos e não como acessos - nos impedem de ver diferenciado o que se faz naturalmente como uma autoridade, daquilo que se torna um exercício francamente autoritário - além de promover a um posto questionado certos resultados desta mistura. São diferenças visíveis pela sua proposta e não pelo seu exercício; autoridades se vêem empenhadas em cumprir com parcimônia as menores expectativas e, assim procedendo, se tornam naturais detentores de todo o processo, além de não serem visíveis como impositores confessos. O que resulta em qualquer forma autoritária não se baseia em atitudes inseguras – pode até ser vista por este ângulo – mas da incapacidade de conseguir desligar os fatos da sua própria figura. Não conseguindo, contamina a expectativa e condiciona a sua projeção àquilo que reflete além ou aquém do seu ponto de vista.
Nesta visão diminuída vê-se complementada por seus suportes e adereços que vão condicionar – sem solucionar – aquilo que se tornou viciada m sua resposta. Limites estão sujeitos a atitudes autoritárias e possibilidades condicionadas a atos de autoridade.
O que, na realidade, encontramos são reflexos diluídos de qualquer tipo de imposição ou burocracia, utilizada como um modelo de autoridade ou empenhados de forma autoritária nestas vantagens que se fazem somente pelo seu resultado. Quando deparamos com uma natural concepção de autoridade todos estes componentes fazem um só sentido ou nem notamos realmente que eles existem.
O que faz de seu acesso ou na sua dificuldade contribui para mitificar e distanciar a autoridade daquilo que representa como referencias normais a qualquer atitude, por mais banal que possa parecer. A partir daí, passam a se fazerem condicionadas a outras expectativas e, portanto, em distanciamentos normais que se fazem invisivelmente a cada constatação.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

Exigências se explicam quando temos vasto terreno onde podemos nos instalar sem nos preocupar realmente em que níveis estaremos operando. Ás vezes conhecemos até as condições que originam tantas exigências, mas nunca podemos precisar se estamos dentro dos parâmetros normais ou, se fazem além daquilo que comportam nossos níveis de tolerância.São respostas que muitas vezes só vamos ver comprovadas algum tempo depois quando,revistas,se mostrem compatíveis ou inconsistentes com aquilo que se apresentou naquele momento.Mais fácil até perceber desta maneira porque, dentro de alguma situação que se desenvolve, este equilíbrio quase sempre se vê condicionado aos nossos níveis de acessibilidade em torná-las compatíveis ou defini-las como desgastantes.
Mas, como são exigências, se fazem permanentemente dentro de condições favoráveis porque, de outra maneira, não seria compatível em se tornar alguma referência; apenas em se mostrar momentaneamente coerente às negociações condicionadas ao seu avanço ou seu recuo.
Quando avançam livremente, sustentadas por os mais diversos tipos de persuasão, nos faz duvidar se algum referente plausível está presente a qualquer alternativa apresentada. Normalmente quando não nos conectamos em sua verdadeira origem deixamos nos levar e até se mostrar condicionados ao histórico daquela situação, ou, em outras circunstâncias, torná-las legítimas e transferi-las normalmente como em qualquer situação normal que desejamos projetá-la em decorrência.
O contrário também pode acontecer,quando percebemos que se fazem excessivas e condicionantes além ou em desvio daquilo que, em outros tempos, era sua verdadeira origem. A partir daí, nos vemos tentando reverte-las e, na mesma proporção e empenho que fez daquela situação específica um amontoado de condicionantes – a maioria sem nenhum fundamento – que vamos ,movidos pelo nosso desejo de reparação, repetir e nos tornar recorrentes daquele mesmo padrão. Exigências geram exigências, fundamentos nem sempre contribuem para o seu exercício.
Para muitos pode não ser tão fácil se ver imunes a estes procedimentos porque eles acabam condicionados as nossas expectativas e, nem se tornam tão claros distingui-las dentro dos procedimentos positivos – como uma qualidade – daquilo que se propõe a ser um exercício egocêntrico e desnecessário. O que faz ser assim – a exigência – nem se traduz em uma relação direta com o fato, porque se faria então em uma ocorrência justificada. Ela acaba perecendo através de pontos de vista e, desta forma, conclui mais para o exercício individual do que propriamente em tornar elevada a situação colocada.
Como tudo que se traduz em algum movimento – a exigência - conclui por tornar condicionante a nossa percepção e, por este caminho, se vê transformada em outros níveis onde novas e melhores se formem deixando aparente aquelas que ficaram posicionadas e, por isto, se tornaram em repetições sem fundamento.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O JOGO (50) O POLITICAMENTE CORRETO


Referir-se ao politicamente correto como um conceito em que, ajustes são redefinidos em sua questão, talvez não seja tão prático como imaginá-lo dentro dos comportamentos que se apresentam em sua referencia. Conceituá-lo inverte um pouco o que já está determinado dentro do que movimenta as relações sociais. Talvez impulsionado por nossa crescente necessidade de especificidade que este resultado se da na forma de reorganizar novamente suas intenções.
Correto então seria aquilo que melhor esclarecesse o referente e produzisse dentro disto a sua aproximação real. Próximo então seria melhor absorvido e mais prático tratá-lo como tal; o contrário se faria mais distante e fora do padrão, bem mais até do que era observado em outros tempos. Distantes, bem mais se tornariam o que anteriormente era considerado como referências normais de classificação.
O que torna estranho não é o conceito é a sua relação com a prática. Uma vez definido e delimitado o torna bastante contrastante do que era revisto anteriormente. Esta diferença provoca certa reorganização e, em conseqüência seu estranhamento provocado em constatar o que se produz na realidade. O que, na prática, já está se processando muito em função de uma necessidade normal de readaptações provocadas pela tecnologia.
Condicionados as suas constantes renovações, necessidades continuam sendo atendidas e substituições são automaticamente transferidas e delegadas, provocando neste processo de transferência uma dependência maior deste intercâmbio. Este processo é muito antigo e suas adaptações e transferências foram implementadas desde que tecnologias passaram a funcionar como resposta na maneira de se organizar. Outras necessidades foram criadas, mas sua relação com o tempo continuou exígua e conflituosa além de continuar sucessivamente a ser o determinante imbatível porque sempre será visto como uma necessidade. Nesta sucessão procedimentos foram realizados e delimitados em sua função além da praticidade que se tornou uma condição prevalente sobre uma formulação natural
Comodidades foram permeando e possibilitando que outras elaborações fossem feitas dentro deste mesmo tempo e estas necessidades acabaram por redefinir e reelaborar conceitos nesta mesma relação de seus resultados. O que se tornou impensável depois daquela novidade tecnológica passou também a redefinir as suas próximas intervenções até – e entre outras tantas modificações – serem condicionadas ao politicamente correto.
Neste embarque - entre outras coisas – pode configurar como uma prática atualmente recorrente o apelo à proximidade do correto, e sua relação com a consciência precisa, encontrados em situações onde se insere a tecnologia.
Evidente que este conceito não nasce precisamente disto, mas sua relação acaba pressupondo outras tantas relações a se tornarem precisas além de serem pensadas dentro de um contexto – que entre outras tantas afinidades – reorganizam em função do tempo e, mais uma vez, como um criador de necessidades vai continuar redefinindo em conceitos cada vez mais condicionados as opções vigentes.
O que torna uma opção a ser considerada como determinante está justamente nesta constante atualidade que faz da tecnologia um constante readaptador, além de impulsionar níveis de relacionamento em escala cada vez maior podendo, portanto, nem ser de grande estranhamento que influencie cada vez mais nossos comportamentos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS


Padrões, quaisquer padrões se estabelecem sem que percepções aparentes se façam acontecidos. Se, por exemplo, nos acostumamos a realizar de maneira específica qualquer atividade ela irá se tornar em alguma referencia pra que possam estabelecer alguma conduta. Não se pode medir realmente em que nível se faz tal percepção até porque estimar que pessoas diferentes priorizem um mesmo foco é ter muita certeza de que estamos no controle específico de todas as ações.
Realmente alguns podem realizar tal feito e conseguirem direcionar-se a este ponto, mas eximir qualquer espontaneidade em função deste exercício é exigir demais de nossas atitudes. Espontaneidade pode ser mal interpretada ou simplesmente utilizada em definições de pouca intenção. Mas, como não podemos precisá-la, nem sempre teremos as respostas consistentes para que determinem seus padrões a qualquer tipo de atitude, por mais desavisada que possa parecer.
O que acontece normalmente é que sempre desconfiamos ou nos tornamos preventivos quando, de uma forma ou de outra, precisamos exercer nossas atividades e, para que isto aconteça de maneira mais segura, nos estabelecemos em grupos específicos e, com isto, passamos nos ver livres deste constante policiamento. Livres porque é nesta maneira de compreender que nos sentimos mais a vontade em nos ver sem as naturais amarras que se fazem consistentes em outras disposições. Até achar isto tudo uma preocupação sem um sentido aparente se faz pensar quando estamos dentro de um grupo. Até ignorar ou simplesmente descartar que existam outras maneiras de nos perceber, podem se tornar condicionados as estas ilhas onde esta aparente espontaneidade se faz natural.
Entretanto, correm-se paralelas alternativas que estabelecem outros padrões e outras vertentes, consistentes ou não, que vão se delineando em pontos onde outros tipos de contato favorecem interpretações um pouco diferentes daquilo ou da maneira que se tornou habitual estarmos envolvidos.
Mas, como acostumamos a perceber em qualquer evidencia é normalmente quando – e na sua forma ampliada – se mostram atrativas,que nos tornamos propensos a estabelecer outros padrões em relação àqueles que se encontram controlados. Podemos, a princípio até achar um pouco exagerada estas vertentes, principalmente quando estamos mais propensos a nos estabelecer em direções. Mas, como tudo, por menor que seja, continua a ser alimentado continuamente que - em algum momento - vamos nos ver frente a frente com aquele tipo de conduta.
Algumas surpresas nos reservam quando deparamos com algumas definições até então nem um pouco percebíveis; achar que elas passaram a existir a partir daquele momento e, por se verem inéditas, possam ser incorporadas daquele ponto em diante. O que se mostrou anteriormente já pode ter estabelecido outro tipo de padrão e quanto a isto nos tornamos impotentes em escolher se herdamos ou não aquele aparente incomodo. Isto, de alguma forma, passa a ser incorporado a nossa imagem e, quando buscamos um retrospecto,podemos constatar em que situações se estabeleceram e que tipo de padrão se tornou, mesmo que alheio ao nosso universo percebido.
Imunes a isto certamente nunca vamos estar, mas conscientes talvez se façam em algum momento, algum sentido.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O JOGO(49) O VER E O SE VER

Numa relação desigual que sempre se projeta entre o ver e o se ver que vamos alimentando certas expectativas e concluindo por hipóteses diferentes do que determina o figurino. São parecidos a diferenciados reflexos onde sentimos impelidos a transparecê-los e a captá-los, dentro da quantidade determinada a cada situação.
É que funcionamos dependentes de certas expectativas e isto nos torna deficitários da nossa verdadeira imagem. Frente e verso – é desta forma completa que supostamente uma imagem se tornaria menos suscetível a se valer de outros reflexos. Poderia até se constituir nestes individualismos – como resultado – mas, em total auto-suficiência seria mais difícil imaginá-la, sem que destinos se apontem como conseqüência. Afinal a sua moldagem encontra-se num destino, por mais resistentes que se pareçam.
As diferenças, entretanto, se processam a partir da nossa percepção, e é dela que vai partir a nossa dependência de que se apresentem a nossa imagem os ingredientes que nem de longe imaginaríamos possuir. Além das visíveis – estética e raciocínio – outros componentes incluem neste cenário as oscilações sujeitas as determinações externas.
Mas é, predominantemente pela nossa percepção, que estas diferenças vão existir e vão se tornar oscilantes, ora sobrepondo como evidentes compensações, ora transferindo para o contexto as variadas formas de atribuir elementos que vão se tornar reabsorvidos pela nossa composição. Nestas evidentes modulações atribuídas ao ver e o se ver que vamos superando alguns reflexos e nos direcionando a outros, sempre nesta tentativa de estabelecer uma bem posicionada visão do que nos oferece os fatores compostos da realidade.
A expectativa é o grande regulador externo que faz condicionar ao modo de nos ver neste graduador de qualquer aceitação, além de nos impor uma nova ou diferente perspectiva que por ventura possamos adicionar ao nosso modo de perceber. É que este ajuste está além dos condicionadores sociais e, por mais que os utilizamos em certos apoios, fica a cargo dos reflexos estabelecermos para mais ou para menos suas interferências que provavelmente vão nos direcionar ou reduzir a níveis reais estas constantes diferenças.
Apesar de serem resultados coerentes entre imagem e raciocínio os fatores reguladores da estima nos levam mais a nos estabelecer através de certos cortes que nos propomos enxergar a realidade. Quanto a nossa percepção, continua dependendo de que ajustes externos interfiram regulando e evitando que passemos a nos tornar individuais e finalizadores. Se assim forem ajustados não fariam sentido o exercício de outros componentes como a ambição, porque, uma vez completos, não caberia nenhuma projeção e isto nos levaria a outro tipo de percepção, que é o nosso desejo, e daí em diante outros fatores reguladores do ¨se ver ¨iriam se tornar itens supérfluos e isto se tornaria uma forma inviabilizadora de qualquer expectativa que se conclua em alguma direção.