sexta-feira, 17 de setembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

O que nos impulsiona a estabelecer algumas comparações se encontram justamente nestas referencias que, normalmente ou inconscientemente, se tornam absorvidas e resolvidas ou, de alguma situação, tornadas em tempo real, e transmitidas como uma informação decorrente. Nestes processos - muitas vezes condicionados ao nosso senso crítico - o que vai sendo determinado no momento acaba se transformando em pequenos passados ou em lembranças muitas vezes reverenciadas e reproduzidas, como se fazem normalmente a nossa busca por uma satisfação. O que normalmente vai nos condicionando nestes eternos retornos são os parâmetros produzidos como contentores ou limitadores que acabam determinando nossa dependência de referencias reais ou de sínteses proferidas pelo os mais diversos sensos críticos.
Objetos de alguma análise, a diferença estabelecida entre cultura e informação se encontra justamente no procedimento crítico e disponível, que torna diferenciado aquilo que se distingue em seu processo produtivo. Muita informação é produzida, como foram proporcionalmente realizadas em outros tempos e em formatos diferentes. O que continua sendo feito - em contrapartida – é determinar certos padrões que melhor selecionem aquilo que é veiculado e – da mesma forma – tornando excedente a mesma proporção que era condicionada em outros tempos. Nestes intervalos cada vez maiores muitas e boas vertentes são relegadas ao segundo plano e, da mesma maneira, são destinadas ao esquecimento na mesma proporção de sua padronização.
O que inicialmente pode causar certa confusão é quando condicionamos – sem escalas – cultura e informação. O procedimento normal que qualifica qualquer ser humano a levar em consideração o destino de cada informação também condiciona ao nosso senso crítico a sua seleção. Tudo evidentemente em excesso leva a uma natural saturação e, com a informação, o procedimento se torna, da mesma forma, um dependente confesso. Com a cultura é um pouco diferente porque, além de sofrer o mesmo filtro crítico que qualquer informação possa empregar, consegue se destacar em seu grau de elaboração.
Mas como existe a informação relevante a cultura também reflete esta condição e é, a partir desta seleção, que vamos normalmente estabelecendo nossos filtros e exigentes então vamos tornando mais seletos nesta direção, sempre partindo daquilo que considerávamos como nossas referencias vividas ou eleitas.
Há que diferenciar esta relevância dos seus padrões, normalmente estabelecidos pelo interesse geral, daquilo que evidentemente vai nos tornar diretivos em qualquer opção. Mesmo que, estabelecidas estas diferenças, vão tornar-se novamente iguais em qualquer ponto, pelo menos já foram delegadas planos diferentes para a sua comparação.E é,por este tipo de comparação que muitas vezes deixamos de perceber os movimentos que se fazem na realidade e nas informações produzidas neste tempo real porque, as suas diferenças, residem justamente nesta falta de síntese que o presente constitui em seus movimentos. Não conseguimos viver e produzir simultaneamente a sua percepção, mas das informações presentes conseguimos, pelo menos, extrair certas comparações comprobatórias de outras referencias sem ter que elegê-las eternamente como um projeto pronto e acabado. É esta percepção que pode alimentar ou desfazer com mais rapidez aquilo que – em outros tempos – eram levantados ou eleitos como focos determinantes e tornadas referencias normais a qualquer revisitação que normalmente tenhamos que fazer.

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