sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

OUTRAS ESTÓRIAS INICIAIS

Há sempre um paradoxo que nos espera ou uma contradição que promova seus processos de negação, naquilo que – em tempos anteriores – era posicionado de maneira definitiva. Memórias curtas, atitudes recorrentes ou outras formas que, apesar de se tornarem comparativas, sempre são presenciadas por seus evidentes esquecimentos. Lembrar já provoca algum choque, mas, esquecer se torna o passaporte para outras e mesmas contradições.
Não é tão difícil saber que forçar um mesmo olhar sobre qualquer atitude não ajuda nem beneficia qualquer tipo de coerência. É o mesmo de esperar que esta mesma atitude passe a situar em seu nível propício para então – e da mesma forma – provocar sua abordagem. Funcionaria como fixas intenções e nítidas abordagens, independentes da forma ascendente ou descendente que esta atitude promoveu neste tempo.
São situações cômodas ou resistência mesmo em promover este acompanhamento em qualquer tentativa de seu desprendimento. Pode ser também aquilo que pertenceu à estória daquela determinada posição e acabou ficando marcada pelas conseqüências e – a partir daí – anularam todos os progressos feitos na tentativa de serem medidos por outros sentidos.
Quando somos flagrados pela literalidade, nossos sentidos trabalham de forma a sublinhá-la ou negá-la na mesma veemência daquela delação. Há então um súbito deslocamento e uma procura em ocupar outros espaços que venham contradizer ou justificar aquela forma explícita. Por outro lado, quando estamos responsáveis por determinar este limite, sempre estamos em débito ou em excessos prometidos dentro dos silêncios observados nesta ocasião.
O cômodo entra neste contexto pelas suas insistentes justificativas ou pelas inadequações reclamadas por não combinarem com aquilo que determinou-se a seu padrão.
A resistência sempre fala mais alto porque remete àqueles pontos determinados e conhecidos, que acabam movimentando pelas automáticas e nem sempre percebidas posições. Contrastar ou comparar resistência a comodidade pode parecer um resultado – em certo ponto – compatível ou pode também ser negado por estarem de alguma forma comparados. Mas esta idéia sempre nos persegue, uma vez que evitamos ou exercemos certos cuidados em emitir nossos pareceres. Tendo este cuidado acabamos percebendo que – de alguma forma – favorecem que comodidades avancem e, muitas vezes, se tornem alargadas e confortáveis posições.
Resistências, entretanto, fazem-se os mais fixos dos sentidos e, muitas vezes, promovem aquelas percepções que se tornam cada vez mais superficiais e invadem fazerem-se constantes intervenções, pelas maneiras cada vez mais desprovidas de verdadeiros significados. Mas como resistir e controlar podem também conjugarem pelo mesmo viés, encontram-se adeptos que utilizam desta bifurcação para limitar pelos acessos a burocracia existente. Nestas compreensões, que se valem daquela resistência de um mesmo olhar, provocam – ao mesmo tempo – discordâncias incontroladas ou então concordâncias condicionadas aos interesses, que abarcam em ocupar o espaço concedido com intervenções cada vez mais explícitas.

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