sexta-feira, 15 de julho de 2016

O PRESIDENTE E O ENVOLVIMENTO DO PODER

Dentro do que se pretende e se explicita em conseqüência política, anteriores considerações procedem revisitar um tempo não muito distante em representatividade parlamentar, aferida pela exercitada experiência de Dilma Rousseff e os que – eleitos em paridade executada – ainda representam, agora, no exercício do governo interino o limite estabelecido entre a desconstrução e canibalismo para, em respectivo, pretender interpretar a eleição para presidência da câmara como um avanço ou simplesmente uma continuidade do que se tem pretendido descendente. Primeiro, a reminiscência do fisiologismo exacerbado e explicito, movido a cargos e verbas, ambicionados implementos que prostituem e movimentam desarvorados e pidões ao exercício do butim e, dos envolvimentos obtidos pelo limite e determinação do ciclo informativo existente nos últimos 05 anos, provavelmente o motor de toda síntese conclusiva e toda desconstrução e descaracterização prevalente; para seqüelas tão evidentes em limites tão visíveis, considerar uma evolução representativa a partir de Rodrigo Maia seria o mesmo que excluir todo cenário promiscuo que até o impedimento de Dilma pelo congresso avaliava pelo dinheiro envolvido o quartel promovido num hotel de Brasília como resultado da deterioração política a cabo dos que – hoje – em apoio esquizofrênico pretendem assegurar pela estratégia do referido “golpe” um tempo de desmantelamento ideológico em fragmentação expressiva na base de apoio. Este tempo de exercício do poder invasivo e limitado ao pragmatismo político resolveu-se evaporar inconseqüente para – a partir de agora – exibir a respeitabilidade do extinto PFL, também contido na Arena, direita domada pelo exercício rasteiro que agora – em virtude do “centrão” – posa de refinado e elegante sob um já limitado exercício de credibilidade e de paridade ao anterior desconstruído e fragmentado de exercibilidade; esta evolução sob uma vertente descendente assemelha-se aos discursos de suficiência que levam em conta a pobreza de elementos positivos, forjados sobre a negatividade reinante e sob uma multiplicidade informativa de conseqüências irrelevantes, portanto, um cenário que nem de longe representa a realidade contextual – ao contrario – exercita-se pela irreverência existencial e o vale tudo oportunista. A visão parlamentar herdada desta lógica viceja ainda robusta e individualizada, provavelmente influindo preponderante sobre os destinos do congresso e da mais valia monetária movimentada pelo mesmo combustível comum, senão o valor extorsivo das verbas e benefícios particulares empenhados sobre qualquer respeitabilidade que se encontre a venda em qualquer manobra ou tática.
Prováveis dificuldades em prometer unidade representativa encontrem Rodrigo Maia ao adequar rumores tanto do PSDB como do PT, agora sintonizados pela relevância pragmática e contra o inimigo comum, senão a Eduardo Cunha que, provavelmente desapareça levando junto toda estratégia de culpabilidade negativa a que tem direito o seu personagem, deixando órfãos o PT e a construção sobre o impedimento de Dilma a ver navios, naufragando em inconsistências e irrelevâncias; para a hesitação comum do PSDB – dita ponderação – o comum da vertente direitista de Rodrigo Maia envolva com mais coerência toda militância anterior e pertinente ao governo Dilma, continuidade que, em distorção de validade, divida com o PT a inconsistência em estado bruto de uma centro-esquerda revisitada. Estas adaptações respeitosas e incompreensíveis ao cidadão comum refletem a falta de critério racional da política, principalmente quando exercitam abertamente a polaridade discursiva do “nós” e “eles”, administrada exaustivamente pela marquetagem para e, depois, negar suportes estabelecidos pela visão da relevância a qualquer custo e surda ao ditame militante de repercussão; provavelmente os critérios encontrados para a candidatura de Orlando Silva a presidência da câmara se deu pela estratégia de enfraquecimento de Marcelo Castro e favorecimento a Rodrigo Maia, pensando unicamente numa “unidade” política, sinceramente, tais argumentos estabelecidos como premissa caibam simplesmente às estratégias de bastidores, principalmente do poder pelo poder, tanto para o DEM, como o PC do B a lógica do individualismo prevaleceu sobre qualquer perspectiva coerente de resultado. Em virtude do ‘Fora Cunha’ e o poder do “centrão” o promiscuo imposto se tornou justificado pela impertinência e invasão sob a virtude do exercício da realpolitik que não encontra respaldo na realidade contextual, reduzidos praticamente a Brasília tais expedientes e benefícios particulares, portanto, distorcidos pela irregularidade de uma maioria limitada pelo mesmo usufruto a que teve direito Dilma Rousseff em seu exercício executivo. Inverteu-se. Tornou-se uma respeitabilidade vigiada por delações e envolvimentos, tanto quanto avalizarem os critérios progressivos de voracidade pelo butim, paridades que determinam os critérios “ultrapassados” de envolvimento em desvios aos que devoram agora toda solicitude do congresso pela mais valia do tempo limitado de exercício. A fragmentação do governo Dilma potencializada pelo “baixo clero” e pela progressiva desconstrução parlamentar agora, em administração do governo interino, admite uma virtude manipulada pelo contraponto, limitadas pelas mesmas performances cotidianas a que tem direito cargos e verbas.
Entre um PT que mandou as favas toda coerência ideológica em nome de alguma vantagem pratica, colhe, a partir desta manobra, um possível esvaziamento da militância que imbuia pelo “golpe” o contraponto favorável e a justificativa coerente do unilateralismo bipartido, definição que institui a irrelevância todo “nós” e “eles” exaustivamente narrado por Lula em seus discursos de conteúdo social e tendência esquerdista. A vantagem de uma presidência limitada pelo tempo, tendo pela frente as olimpíadas e a eleição municipal não vale a estratégia prevista pelo PT de criar narrativas e negá-las inconseqüentemente, deixando a militância interpretar esta “contradição” pela desconstrução e descredibilidade eleitoral, visando àquilo que Dilma muito bem exercitou no seu governo senão a vantagem a qualquer custo, nem que esta vantagem esteja em elogiar Henrique Meireles agora, onde, antes empenhava infinitas resistências particulares. A limitação do modelo de poder pela restrição e incoerência tornou-se um sinal do exercício do poder pelo poder levado as ultimas conseqüências, desimportando as praticas ideológicas, ou melhor, negando terminantemente algum direcionamento; a lógica de interpretar a relevância pela oposição a qualquer custo promove a sistemática desconstrução do PT e Lula em suas bases, bastando lembrar que a estratégia do referido “golpe” se encontrava consistente e progressiva como um mote de oposição,mas, contrafeita pelo apoio a Marcelo Castro e a Rodrigo Maia se torne realmente difícil argumentar contextualmente tal propósito. A oscilação política levada pelo extremo pragmático, ainda, adornados por modelos probabilísticos saturados e vencidos encontram sua finitude em ações de progressiva facilidade e particularização expressiva, incapacitadas em traduzir o contexto referente ou seguidor e, direcionadas para um conservadorismo bastante evidente, mesmo sendo intitulado de esquerda, comporta-se diluída e fragmentada a procura de um mote especifico que resolva a contradição, negando toda experiência e estrutura, visando o tempo limitado de uma vantagem – em visão de multiplicidade diluída – para irrelevâncias e esforços inconsistentes. O processo de desconstrução do PT vai de sua evidencia midiática à inércia informativa de progressão e esforço de adequação a realidade correspondente, passando pelo desequilíbrio exagerado dos efeitos negativos de evidencia para intenções positivas que não parecem relevantes à disposição invertida.

Uma representação instituída por Rodrigo Maia, em virtudes e defeitos, promove uma escala evolutiva sobre o caos parlamentar constante até agora como sinal de conseqüência política, contrapondo a vilania dos argumentos do “centrão’ e a derrocada do poder de Eduardo Cunha; em cenários tão específicos ou pontuais o exercício de Michel Temer predispõe na sua pífia vantagem parlamentar os critérios que bem conhece em articulação e manobra, propondo um congresso em continuidade degenerativa e fragmentada, sujeito as mesmas intempéries – só que agora tratados com mais habilidade política – para conveniências equânimes de voracidade do poder pelo poder. A eficácia de um congresso em inversão prevê as mesmas dificuldades encontradas por Dilma Rousseff, porem tratadas em igualdade ao exercício de motivação e sem aquela evidencia fisiológica – apesar da existência continuada – administrada como um modus operandi sistemático e sem a aversão característica do governo anterior. Os sinais de experiência de quem já exerceu a presidência da câmara coloca pelo diferencial de Michel Temer a plasticidade respeitável a quem interesse em políticas mais elevadas, visando a mesma lógica pretendida por Dilma – só que interpretada pela experiência – aos argumentos contrapostos de quem – no varejo político -, sabe realmente o que determina o movimento parlamentar sem maiores considerações e relevâncias. O que, em diferença, admite a continuidade do poder pelo poder senão o modelo empregado na articulação e manobra, principalmente quando se  usa a indiscriminada  soberba onde deveria constar a manobra equivalente, reduzindo toda lógica pela conclusão facilitada e precipitada da inconveniência elementar; toda habilidade e conhecimento dos detalhes valem em vantagem e interesse, sabendo que, no poder em exercício, a distorção da projeção conclui a ineficácia representativa ou a individualidade exorbitante e autoritária, como também o alongamento informativo em repercussão e propensão. O uso de relevâncias sobre relevâncias minoram resultados e desconstroem lógicas dialéticas para prevalências análogas e redutivas, praticamente o que se tornou demonstrado pelo governo Dilma a opção por resultados imediatistas em estruturas que, em contraponto, sinalizavam a fragilidade explicita de tratamento e articulação; a pratica do poder como suporte e não como limite determina conseqüentemente a duração do exercício ou a interrupção e saturação do modelo representativo e que, a partir desta síntese demonstre sob a presidência da câmara o resultado de todo este tempo impregnado entre o governo anterior e a INTERINIDADE.

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