quarta-feira, 14 de julho de 2010

O JOGO (41) AS INTENÇÕES


Pensar e estabelecer um estado prévio que pode não ser exatamente absorvido da mesma forma porque algumas divergências aparentes se fizeram ou se deixaram levar pelo sentido que realmente resultou. Ou então, displicentemente revelada e, nesta forma espontânea serem confrontadas a outras que se fizeram diferentes e,com isto, se impuseram em diferenças as quais não estavam destinados.
Realmente ter que precisar em alguma definição não torna a intenção um fato consumado porque variadas são as formas que, ao serem impressas, se transformem em resultados tão imprevisíveis que, por mais que estejam em claras compreensões, sempre darão margem a diferentes análises. Afinal ninguém é tão direto que se torne exatamente compreendido ou tão complexo que se faça incomunicável. Na verdade seria mais simples pensar e ser visto desta forma, mas ninguém realmente acredita que intenções se façam sem que se modifique ou interfira no seu resultado.
Agora, aumentando um pouco nosso campo de visão e transferindo para as variadas intenções contidas em cada seguimento da sociedade podemos perceber que simplesmente não podemos ser tão espontâneos assim se formos desejar, de alguma forma, compreende-la. Ao contrário, é percebendo como elas se constroem que vamos passar a estabelecer os nossos parâmetros sem que para isto precisemos nos tornar intencionalmente ingênuos de não notar suas infinitas variações.
É evidente que nada existe se não houver um destinatário em questão e, com a intenção, não é diferente porque ela se constrói num espaço que foi ou passou a existir em virtude de alguma oportunidade criada neste período. E como oportunidade pressupõe também possibilidade está formado um terreno fértil para que se instale ai as mais variadas formas intencionais porque passa a depender exclusivamente de quem as implementa não tendo então um padrão estabelecido, apenas projeção num espaço que, se existe ou não, vai estar configurado somente em quem imaginou.Torna-la então em uma forma positiva ou negativa vai de encontro a outros fatores que só vão se fazer discerníveis no momento em que esta oportunidade se transforme em uma ¨ocupação¨ deste espaço e na forma como vai-se dar. Geralmente a forma negativa desta ¨ocupação¨está intimamente ligada a algum tipo ou forma de controle enquanto a sua forma positiva está mais condicionada a algum tipo de confiança. Não que seja uma regra, mas caminham sempre orientados por estes fatores e nas suas combinações que podem se sofisticar mais e mais até não se fazerem realmente tão discerníveis.
Portanto, apesar de toda definição que se faça as intenções são percebidas quase que naturalmente e, quando estamos dispostos ou orientados a percebê-la ela se torna apenas em mais um item entre outros tantos que normalmente lidamos nos mais diversos tipos de situações.Entretanto teme-se pelas outras construções que se mostrem numa relativa ambigüidade e por mais que nos torne vigilantes sempre estaremos estabelecendo outros espaços para que possam livremente exercê-la, porque a cada margem que se cria uma possibilidade se desenha.O que ocorre normalmente é que, as vezes, se criam as possibilidades onde realmente não se desenha nenhuma oportunidade o que muda seu sentido e acaba caindo naqueles ¨ismos ¨ que modifica o estado de oportunidade para então dar lugar ao estado oportunista.

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