quarta-feira, 21 de julho de 2010

O JOGO(43) O RELATIVO E O PONDERADO


Ponderar pode ser ou estar condicionado aos ensinamentos porque, na forma que sempre desejamos – a depurada – se torna muito diferente de seu exercício prático e diário. Ao contrário dos excessos, porque, difíceis de ponderar, se tornam praticamente em uma condição relativa. Se depender então do relativo é praticamente como um estado provisório, pois, qualquer tentativa de torná-lo definível vai de encontro a estar permanentemente de posse de seus significados.
Assim, tanto na prática quanto na teoria esta relatividade é o que mais se aplica porque acaba dependendo da ótica de cada um além de se fazer presente no momento em que se der qualquer tipo de comparação. Não que estejamos ai particularizando demais certas situações, mas, evidentemente que desta forma permanentemente transitória que podemos nos situar na prática o que já conhecemos por definição. Seria então preferível referi-los como ¨estados de ponderação¨ porque se tornariam em caráter provisório aquilo que, na realidade se fazem dependentes de outros fatores para então se tornar de caráter definitivo. Definitivos então se tornariam aqueles comportamentos ou fatos que estivessem dentro daqueles limites estabelecidos pelas sucessivas concessões para que, a partir daí, se tornassem compreendidos em seu estado puro.
Mas, como tudo que nos cerca é passível de mudanças ou sujeito a elas que nos tornamos dependentes de definições porque são elas que nos objetiva e nos remete a outros estágios. E, nos remetendo a outros estágios que passamos a ter aquela sensação normal de ter nestas definições os impulsos necessários para que, imperceptivelmente se dê estas variações sem que normalmente nos façamos dispostos a pensar sobre o assunto. Seria como a conclusão de um determinado ciclo para então nos vermos novamente iniciando outro.
Neste sentido que ponderar se faz semelhante porque, de qualquer maneira, produz uma determinada síntese - mesmo não sendo de uma forma definitiva - mas como um estágio em conclusão que pode chegar a ser ou a se tornar uma determinada virtude. Virtudes que podem se tornar necessárias para o nosso dia a dia porque estão sempre sendo solicitadas e sempre tomadas em referências quando se trata de sermos eleitos para este fim. Pontos positivos então são fatores decisivos e assim, como tantos outros que cada um possui, serem referendados mais por este ângulo não anula os nossos pontos negativos, mas os tornam suplementares e,assim, ponderados neste sentido que podemos evidentemente responder da mesma forma e tornando possível demonstrar mais nosso lado preponderante ao invés de ter que valorizar insistentemente apenas uma só referência. O que torna, muitas vezes, em pontos negativos é o fato de ai ter sido projetada alguma definição sobre o conhecimento que temos de determinado assunto ou pessoa e, concluídos desta forma, deixamos de dar margem a mudanças que naturalmente se fazem a toda hora e que muitas vezes nos fazem repensar sobre aquilo que se torna evidentemente merecedor deste tipo de ponderação. Por outro lado não podemos deixar de definir certos comportamentos porque funcionam como referências para então passarmos a tê-la e, a partir daí, nos vermos em outras formas e de tornarmos evolutivos qualquer tipo de conhecimento sobre o outro. Relativizar seria então o ponto em comum e ao qual somos evidentemente tentados a exercê-lo, mas, como somos mais impulsionados pelas definições é bom lembrar que, mesmo definindo não estamos nos eximindo de retomar daquele ponto e refazê-lo porque outras possibilidades, muitas vezes mais radicais passam a se tornar necessárias quando temos que refazer totalmente este percurso.

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