sexta-feira, 23 de julho de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS




Levar em consideração qualquer fato que venha a se tornar adicional num determinado assunto não tira do fato a sua condição supérflua como também não se descarta o seu sentido primeiro, ou seja, aquele que foi impresso logo no seu início.
O que faz com que realmente tenhamos de nos fazer sempre explicativos decorre de uma necessidade de tornar premente qualquer assunto que, engolido pela nossa memória, se torne em um ingrediente ausente que precisa ser içado de volta a superfície.
Explicações se tornam ou se fazem enfadonhas quando conflitos entre interesses não se encontram em um ponto comum porque passam a serem vistos através de diferentes necessidades que se tornam assim por se encontrarem em bases distintas.
Memórias também se tornam oportunamente condicionadas aos graus de interesse porque é o que comumente fica retido como valores prioritários que se integra ao exercício e se torna em uma função ativa e dependente das constantes recorrências. O que se faz de maneira complementar fica condicionado às associações que passem a tornar ativas aquilo que, de outra forma entraria para o rol dos esquecimentos. Tornar-se então explicativo cumpre este papel de sublinhar e trazer a tona o que se faz necessário para tornar diretivos os nossos raciocínios.
Mas, mesmo sabendo disto, ter que dar explicações continua sendo redundante porque nos coloca numa posição de ter que permanentemente dar sentido ou ter que despertar uma espécie de confiança que, baseada em justificativas, venham a promover certas compreensões que necessariamente nem necessitariam de tão renitente filtro. Naturalmente, que, em alguns casos se tornam necessárias principalmente em interesses que se tornam tão distantes e necessitam de algo que os promova a estarem novamente mais próximos.
Entretanto, em sua maioria explicar torna-se uma forma prestativa de promover ou despertar sentidos que, para alguns, tão distantes e para outros tão vivos, mas que, diante destes pontos tão diversos se façam em um tipo de favor tentar reconduzir a mesma direção tipos tão diferentes de construções e, pelo menos, por alguns momentos se façam em alguma sintonia aquilo que normalmente não se faria espontaneamente.
Existem outros tipos de explicação que, oriundas de formas mais costumeiramente exercitadas, se multiplicam em funções e em significados e tiram desta definição normal e genérica as interpretações que, para cada um, se torna ilustrativa as formas de estar sendo conduzido pelo contexto e ter que permanentemente fazer uso desta prerrogativa.
Tornam-se então aquelas que, empurradas pela situação cômoda se esperam ver nestas explicações um motivo para se justificar nas mais variadas formas sem ter que necessariamente operar alguma mudança efetiva. Ou então outras que quando exercidas passam a despertar sentimentos diversos como, raiva, emoção ou outras que, construídas naquele momento se tornam em formas sublinhadas e se fazem evidente aquilo que, de outra forma entraria em rolos compressores ou motos contínuos dos acontecimentos normais que a cada um se faz rotineiramente.
Assim que explicar ou se justificar se encontram num rol de atitudes que se tornam comuns em meios que seu exercício é motivado e incomuns em contextos onde se fazem estranhos aqueles expedientes que de tanto serem banalizados passam a ganhar por este ângulo alguma coerência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário