quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O JOGO(57) PRUDÊNCIA E SEUS ACESSÓRIOS

Prudências podem adquirir seus hábitos seguros quando conseguimos imprimir certas disciplinas em sua aplicação. Inadequadas se tornam quando desprovidas de seus atos reflexos e construídas naqueles compassos coordenados da espera. Instantes que não conseguem traduzi-la porque não convocam para a sua aplicação a cautela devida e absorvida dentro de seus fundamentos.
Feito pílulas sistematicamente distribuídas, as prudências instituem-se em constuirem seus compartimentos autônomos, que sintonizam para concluírem-se pelo destinatário completo. Não, não se caracterizam pelo aspecto organizado, mas refletido como instancias que se mostram completas, mesmo que seus destinos não sejam definitivos.
Como nos rituais característicos, prudências requerem estar sempre atento aos seus movimentos e imunes aos estados de ansiedade, que desejem parti-las em segmentos desiguais. Nada em associá-la àqueles momentos onde simples esperas geralmente precedem outros de pura pressa em concluí-las. Definitivamente, prudências podem estar mais associadas as nossas disposições em permanecer em constante respeito ao objeto desejado. Não o respeito respeitoso, mas aquele que se mostra disponível em torná-lo seu natural companheiro, durante aquele ou nos momentos onde se mostram solicitados.
Achar que prudências estão lotadas em departamentos maduros seria concluir pela lógica da pressa e de pouca conseqüência. Ela se encontra mais ligada aos reflexos inteligentes, que nos impulsiona racionalmente a empregá-la como um instrumento auxiliar e a designá-la aos contextos onde sua resposta se faria mais exata.
Também podemos associá-la a nossa necessidade normal de exercer algum controle, por menor que seja. Assim, como nossos impulsos tendem a exercê-los naturalmente, ser prudente nestas horas evita que torne tão avassalador esta disposição ou esta combinação.
Mas, o que nos faz entender ou compreender a sua importância seria promovê-la a condições prioritárias para comprovar a sua eficácia nos resultados decorrentes. Não somente pela quantidade, que se tornaria em número, não pelo volume, mas pela forma completa em poder contá-la como inteiros procedimentos concluídos numa mesma disposição. Também não se fariam escassos, porque se tornariam em procedimentos inteiros e disponibilizados, segundo aqueles princípios desejados, daqueles que estiveram solucionados empregando outras maneiras mais determinadas através de seus resultados.
Entretanto, de qualquer forma, quando expressamos, acabamos por tornar-las semelhante à cautela, que se faria – em decorrência – associada aos procedimentos de espera. Na realidade, por serem empregadas de maneiras condicionantes, que muito se confundem na forma em como vão fazê-las pertencentes a um mesmo patamar. Aquilo que as diferenciam - além de suas retóricas - se faz pelos seus procedimentos e pelas suas condições. Esperar é um procedimento, cautela também. Prudência se assemelha mais a uma condição, um estado onde se configuram as designações subseqüentes a torná-las compatíveis a sua determinação. Realmente se misturam pela sua designação, mas diferem quando sentidos e posicionados de forma diferenciada.
Espera, necessariamente, requer disciplina, mas ela se procede dependente do objeto em questão. A cautela já pressupõe que exista junto uma disciplina mais não se designa a torná-los independente de um destino pressuposto. A prudência afirma-se por estar ou existir condicionada a seus princípios e não a seus destinos. O que torna ansiosa a sua espera não se faz prudentemente elaborada. O que nos torna cautelosos estaria mais ligados à atenção aos procedimentos existentes. A prudência exime-se destas condições para torná-los autônomos processos onde o que mais fica evidente é o controle que se exerce e não no resultado que se obtem

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