sexta-feira, 26 de novembro de 2010

MAIS RESSIGNIFICADOS

Ressignificar pode ser muito parecido com reinventar ou podem parecer estranhamente diferentes quando comparados num mesmo nível. Se, por exemplo, formos marcados por algum acontecimento ou qualquer outro similar, fica-se registrado com a riqueza proporcional ao nosso impacto ou, extremamente condicionado a outros que possam içá-lo novamente ao seu modo de parecerem-se diferentes, sem que tenhamos de alimentá-los. Ficam esquecidos, mas, devidamente ilustrados em qualquer forma que venham deixá-los em registros destinados a permanerecem em sua superfície.
Quando destinamos ao acúmulo de informações, estamos submetendo nossa capacidade a estas coincidências, justamente pelo e devido ao princípio que se assemelham, quando percebidos dentro de sua maneira conceitual. Por ai teriam-se feito registrados, dentro daquilo que se combinou em suas formas racionais e emocionais e, em te-los de maneira completa ou fracionados, de forma a fazê-los combinados e – de outra maneira – revividos em formas e diferentes denominações
Vivemos mais os ressignificados que as suas reinvenções. Estamos refazendo ou redirecionando, que propriamente reinventando ou recriando qualquer outra maneira de nos situarmos, dentro e a altura dos diversos contextos. Aliás, precisamos mais de atribuir novas denominações, do que propriamente afetar e alterar as estruturas pertencentes ou devidamente estabelecidas. As respostas que obtemos estão sobrepondo-se à memória e, tornando as estruturas destinadas, a simplesmente cumprirem um papel, do que realmente proporcionar algum ganho adicional e permanente.
Este ajuste, quando não é convocado pelo contexto, é provocado pelo tempo e ao nosso grau de adaptação aos dois, combinados e tornados pertencentes, além de preponderantes dentro de qualquer realidade. Quando assimilados e tornados plenamente convivíeis, acabam fazendo-se enquadrados e revistos, e assim, dentro do tamanho e do alcance daquilo em que foi permitido apreende-lo. Este ajuste ou é feito excluindo, ou alinhando ao limbo a quantidade de informações que não se ädequaram¨a determinada superfície.
Estamos – cada vez mais cedo – provocando estas adaptações que propriamente combinando ou refazendo os seus conceitos. É normal quando acumulamos informação, passar a ser por ela conduzidos e por ela determinados, e não a estabelecermos aquele limite entre a sua informação e o grau em que foi devidamente absorvida.
Em algum ponto, a maneira de absorvê-la vai-se combinar com a própria informação e seu resultado pode ser conferido quando o automatismo passa a superar o seu grau de interesse e o seu filtro passa a sujeitar-se mais pelas constantes ressignficações que propriamente pela reinvenção proporcionada por aquela informação.
Em outras palavras, nossa memória já tende a se comportar desta forma, nivelando a sua ¨capacidade¨ pelo tipo e pela diferença proporcionada, ou seja, pela forma que suas respostas vão tomá-las. Fica mais dependente de sua ressignificação que propriamente das reinvenções proporcionadas por ela.
Em certos ambientes a memória comporta-se refazendo um determinado percurso e projetando os seus estímulos dentro de suas adaptações, ou, fruto de suas – e mesmas – combinações. Ou comporta-se comparando as suas informações e já destinando os seus propósitos as suas respostas e ao seu grau de organização.
Na realidade nada fica mais fácil, mais fácil fica aquilo que se tornou prevalente e, por isto tratado na superfície em relação a outros tipos que necessitem de ressignificados para fazê-los novamente validáveis. Quanto mais superfícies, mais difíceis se tornam as suas respostas e, novamente, melhor fica a sua possibilidade de se reinventar e de ter ou ser por ela devidamente ressignificados.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Andy Warhol BMW Art Car

O JOGO(61) AS ESCOLHAS.

Sentidos literais cumprem a sua função redutora de qualquer modo, elevado a fazer o nosso universo percebido tão distante daquele traduzido por esta via. Talvez necessários por comportar o sentido lato de qualquer expectativa e, por determinar o seu significante como um real sentido. Podem até tentar algum pequeno vôo que diminua a nossa sensação de nos ver refletidos em tão crua designação.
Fala-se tanto que, determinados choques de realidade, nos fazem literalmente mergulhar neste universo palpável e constituído pelos objetos determinados de sua função. Ou podem nos fazer compreender de maneira explícita as referencias contidas dentro de qualquer discurso.
De qualquer maneira, compreender ou sujeitar o nosso universo a esta via, elimina ou vincula às nossas perspectivas e nos faz destinar como reduto único, as constatações resultantes.
Mas, por ser literalmente reduzido o modo de compreendê-lo, que desejamos ter em mente algo mais amplo e menos sujeito a estas evidências – que nada mais são que estes destinos confortados e determinados pelas suas verificações. Aquilo que contrasta a esta porção delimitada, vai-se conferindo pelas nossas maneiras de nos ver, projetados muito além destas compreensões niveladoras e – muitas vezes – chapadas dimensões.
Quem já não deparou com alguma definição que tornou tão diminuta aquela amplitude estabelecida em sua expectativa. E, muitas vezes, em sua função também. Ou não se assustou quando foi surpreendido pelo sentido tão específico destinado àquele exercício recorrente que, consciente ou inconscientemente, estava atrelado a nossa percepção, mas não preparado para absorver aquela literalidade. Surpreender, surpresas ou constatações, tudo depende da forma que encaramos ou deixamos nos levar a cada um destes universos. Bobagem talvez.
Mas, nem tanto, quando constatamos que nossas percepções estão em maior número justificadas que suas literais traduções. O contrário não faria se estivéssemos reproduzindo com a mesma finalidade específica, de qualquer imagem projetada, a sua fiel identificação. Seria como se estivéssemos vivendo uma hiper-realidade.
Como sentidos literais não se constituem em um universo completo e, antes disto, não se fazem em uma forma única de estarmos envolvidos e desejados por estas constatações tão ¨reais¨ ,que recorremos a nossa forma de percebê-lo para criar os devidos contrastes, e assim, equilibrarmos dentro daquilo que consideramos aceitável estar absorvendo. Ajustes nem sempre tão reguláveis vão estar intimamente relacionados com a nossa capacidade de absorvê-los dentro dos limites da nossa concepção e não da forma em como se apresentam realmente.
Mas, literalidade passa a ter o seu sentido afetado justamente por este resultado, que não exatamente se deu através de sua contradição, mas na forma em que foi absorvido dentro das limitações impostas. Literal pode ser explicito ou o contrário de outra função ou, pode ser medido justamente por sistemáticas avaliações, dentro de qualquer outra forma propícia ao seu universo. Pode ser também a forma e, antes de tudo, o tipo de relação mantido com seu oposto, a ausência de qualquer construção, ou leitura primeira daquilo que absorveu-se por outros significados. Pode também se dar em níveis tão diferentes que ora podem estar no contexto, ora nos detalhes prometidos dentro de sua ¨realidade¨. Construções muito edificadas podem perceber-se em demasia e serem afetadas com mais facilidade pelos sentidos empregadamente literais.
O que – na realidade – precisa, em alguns casos, ser reproduzido de maneira fiel para que seu entendimento possa ser absorvido da mesma forma, em outros casos nos tornamos vulneráveis à suas entrelinhas e, procuramos diagnosticar com mais detalhes, aquilo que poderia passar como um componente qualquer. O que torna diferente, em qualquer atitude correspondente, está na forma em que explicitamos e revelamos aquilo que estava em sua forma ainda não definitiva ou, convenientemente situado dentro das permissividades que encontram-se permitidas entre a compreensão e a sua tradução para o tamanho de cada universo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

Há – em tudo – um bom e um mau entendimento. Às vezes por caminhos espúrios acabamos levando muito adiante o tentar entender, de forma simples e direta, aquilo que ganhou seus exagerados contornos. Em outras, é pelo simples e direto que encurtamos demais aquilo que poderia ser temperado e demorado em sua conclusão. Não existe um modelo padrão que possa aproveitar dentro de certas medidas aquilo que poderia ser concluído sem ou no devido tempo. Se existisse, provavelmente e realmente estariam esgotados os seus entendimentos.
Compreender continua sendo uma possível via para o entendimento. Compreender ampliando a sua percepção e não compreender compreendendo a situação. É diferente. Há certa complacência em maneiras de compreender que acabam tornando um mau entendimento para o outro. Ou estabelecendo uma ponte onde outros acessos possam ser inseridos sem que perca aquela forma original. É o bom entendimento.
Não há uma ambigüidade, nestas formas, que podem até ser descartáveis e tolas em virtude de combinações sem a devida relevância. O que existe como uma comprovação desta diferença se da quando nos encontramos em seu pleno exercício e, presenciando, como certos tipos de compreensão fazem-se incompreendidos, quando estamos ali – de pronto – desejando seu entendimento. Realmente, só nesta situação que podemos perceber os dois lados daquilo que pode passar em branco a maior parte do tempo.
Dizer que não se torna muito significativo estabelecer esta diferença, só se faz coerente quando não estamos percebendo ou negando que esta dificuldade exista. Há uma mensagem circulando e se estabelecendo sem que seja realmente decodificada e transcrita, de acordo com as definições. É, neste sentido, que o bom e o mau entendimento vai existir. E também vai promover suas devidas diferenças.
Como ambigüidades estão sempre ligadas ao duplo sentido, podem também tornar pontos de partida, para que certas compreensões se instalem,sem recorrer aos artifícios comuns de qualquer disposição ao diálogo. Ambigüidades já alinham possíveis divergências nestas movimentadas e sempre concorridas tarefas a serem executadas.
Duplos sentidos acabam sendo ingredientes constantes em qualquer tipo de compreensão, que não deseje associar-se a estes tipos mais comuns de comparação. Finalidades estão condicionadas a sua exclusão, e, como todo tipo de definição concluída somente pela alternativa coerente ou prevalente.
Mas, o que mais nos faz estabelecer além de um canal, não se faz logicamente a partir de qualquer definição, mas através da sua compreensão promover estas alternativas ampliadamente construtivas e sem aquelas convicções que partem exclusivamente de definições pré-estabelecidas.
Quando – qualquer um – investe em definir primeiro as suas expectativas, esta normalmente tornando-as limitadas além de fazer rigoroso percurso, em que exclui praticamente aquilo que não comporta estabelecê-lo naquele tipo de parâmetro. Ou então, por defini-lo previamente, pode-se dar ao luxo de deixar livres os seus movimentos porque – de antemão –acabam funcionando simplesmente como canais que vão alegoricamente contribuir para o seu ¨enriquecimento ¨. Na realidade não vamos tornar esclarecidas as suas diferenças, mas podem tornar permitidas as suas compreensões. O que pode tornar diferente aquilo que permitiu-se ver estabelecido. O que faz compreendida dentro desta ambigüidade condicionante.
Para alguns, tanto faz que este percurso seja diferente quando, o que importa se faz pelo resultado obtido. Simplificações que podem tornar repetitivas às suas compreensões e não alargadas percepções. Resultados que – apesar de não mudarem – acabam-se tornando diferentes, quando empenhados por suas limitações, ou possuídos de suas significâncias traduzíveis. De uma forma ou de outra, acabamos por te-las dentro do bom e do mau entendimento porque – uma vez percebidas – acabam tornando suportes para outras compreensões, estabelecendo percursos maiores entre os níveis e, separando com os devidos créditos, aquilo que se tornou fácil pela sua previsão ou que tornou compreendido pela sua compreensão.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O JOGO(60) OS PROPÓSITOS DA AFIRMAÇÃO


O que normalmente nos leva a concordar ou discordar de algum fato, ou elevá-lo a uma condição impossível de classificá-lo vai de encontro àquelas desejadas condições onde dizer não já nos coloca em algum setor - mais de acordo com a nossa vontade - em que pese as suas concordâncias sociais. Difícil sempre ter de pronto alguma concordância específica que nos leve – mesmo que superficialmente – a balançar a cabeça num mesmo sentido e estar exatamente no oposto daquele gesto. Conflitualmente ou socialmente prevalente fica-se mais interessante exercer tanto um quanto outro quando estivermos realmente concordando ou discordando de qualquer atitude que se torne passível desta avaliação.
Na verdade não se trata especificamente do ato de concordar ou discordar que nos faz benevolentes ou algozes em alguma forma avaliativa. Fica-se dependente dos argumentos que posteriormente vão equacionar esta mesma atitude a se tornar avaliativa e não pontuada por suas negações ou aceitações.
Quem consegue lidar bem com negativas normalmente não se constitui em uma grande maioria, mas, por este ângulo, pode até se tornar um exercício de partida para vislumbrar alternativas. Não que seja agradável, mas, até pode tornar-se mais interessante ter sempre argumentos afinados a discordância ou negativas associadas a uma concordância. Não importa o equilíbrio porque não podemos estar sempre atentos a estas ponderações o tempo todo.
Mas perde sempre o sentido ter que dizer não porque isto vai promover algum benefício, quando – dentro de um contexto – o não somente, acaba ficando sempre dependente de sua comprovação. O mesmo torna o sim aquele elemento que evidentemente vai tornar nossos acessos ampliadamente compreendidos, mais também pode camuflar certos aspectos desta relação.
Ouvir um não exerce a mesma pressão de ter que dizê-lo ou então discordar a partir dele pode torná-lo até benevolente e esclarecedor em vários aspectos. Alguns apóiam-se nesta negativa como simples formas de manter-se organizados e acabam fazendo desta, uma prerrogativa que vai simplesmente torná-lo exigente pela exigência ou fazê-los interessantes pela forma em que se dispõe e não nos argumentos que os sustentam.Muito útil, em algumas situações, discordar pela negação para não destinar seus espaços para algum revés.
Concordar pelo sim provoca também certa facilidade, mas destina poucos reflexos evitando que construções mais profundas façam-se necessárias. Despertar alguma atenção com concordâncias acaba ficando duvidoso porque – ao contrário – funciona como testes de aprovação que vão se tornando desinteressantes pela sua repetição. Em certos casos funciona como uma maneira de nos deixar inertes naquele ponto específico. Normal.
Agora, combinando nossas concordâncias e discordâncias ao nosso desejo de satisfação, nos fazem deixar de lado meras definições e transferi-lo para os contextos reais e movimentados que fazem estas alternativas sujeitas a condições adversas à nossa vontade. Passam então a serem medidos pela nossa maneira de afirmar e vencer estes contextos para tornar prevalente a nossa vontade. Na verdade nos tornamos afirmativos, concordando ou discordando de qualquer atitude, mas, tornou-se em voga negar para se afirmar, mesmo que esta negativa tenha um baixo valor satisfatório. Ou negar para exigir como condição de rejeitar aquilo que normalmente e nem sempre é encarado como um desafio.
Negação como rejeição já confere o inverso de alguma satisfação, mas torna evidente que nem todos lidam de forma satisfatória em ver negada a sua vontade. Por outro lado, lidar sempre com afirmações nos faz plenamente satisfeitos, mas acabamos por tomar esta concordância totalmente utilitária e, por isto, desvalorizada por sua conduta e valorizada em contextos negativos. O que pode tornar a rejeição pela negação um grande problema nestes terrenos onde afirmações são ancoradas nestas concordâncias cordiais e o sim exercido como um acessório qualquer.
Por isto que condicionar a concordância ao seu aspecto negativo e a discordância a sua maneira positiva pode criar a consciência daquilo que veremos no dia a dia. E não estabelecer pelo sim e pelo não as suas bases de afirmação.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

Violência ou qualquer procedimento catártico visto de fora e com seus olhares e compreensões alinhados ou perfilados dentro de seus juízos de valor, realmente colocam dentro dos extremos qualquer tipo de compreensão que venha a criar suas devidas normas morais. Violências são muitas e projetadas com os devidos instrumentos disponíveis dentro daquilo que podemos compreendê-la pela sua agressividade instintiva ou das compreensões extremadas. Escalas podem cometê-las como sutis providencias ou explicitas atitudes destinadas a mostrar-se dentro de qualquer tipo de compreensão.
Determinar seus tipos já nos impulsiona a reformulá-la, normalmente empregando outros mecanismos mais específicos de compreendê-la, mas não nos organizando em vivenciá-las nestes estágios tão primitivos que colocam a mostra aquilo que elaboramos a distancia, mas não conseguimos compreender normalmente quando passam a pertencer e a escapar do nosso grau de elaboração. Desta forma, tornarmos compreensivos e, muitas vezes, até bem exigentes, em sua comprovação, o que faz encaramos um tipo de modelo como representativo de qualquer ato violento ou destinar vários e diversificados tipos que normalmente passam pelo mesmo processo de compreensão.
Assim, desta forma, conseguimos elaborar ao máximo e tratar a violência dentro daqueles compartimentos cada vez mais convincentes e tentá-la em crescentes graus de objetividade e competência, que passam a se tornar em um objetivo - como qualquer outro - este procedimento organizacional perpetrado pelos olhares mais distantes e a distancia destes olhares.
Fora deste tipo de situação, normalmente perpetuado dentro ou fora dos universos permitidos, existem outras e mais difíceis violências, que normalmente não se configuram e não compactuam com estes universos fictícios. Quando presenciadas criam ou se fazem em reações catárticas e em incompreensíveis processos de aceitação além de procedimentos que tornam acostumadas aquela situação apresentada. Normalmente é aquilo que leva enorme distancias para serem absorvidos e tornados em procedimentos elaborados.
Geralmente são situações que não ganham seus contornos definidos e por isto são difíceis aceitar e podem até ser socialmente absorvidas mas,particularmente ,continuam em seus estados primitivos sem aqueles resultados tão provenientes de qualquer procedimento concluído.Mas,como não são perceptíveis a olho nu,geralmente conseguem sobreviver e perdurar sem que se torne refletivo em qualquer situação semelhante,ou então vê-lo pela imagem àquilo que normalmente não se resolveria de outra forma.
Normalmente o que afeta a nossa compreensão ou nivela a nossa aceitação a qualquer tipo específico de violência, se faz em modelos que acabam tornando específicos destiná-lo ao seu aspecto moral, enquanto outras vertentes acabam merecendo suas devidas complacências em distingui-las pelo mesmo processo. Impossível fugir deste formato ate porque – não sendo um princípio – já pressupõe exclusões e, como toda exclusão, remete aos seus devidos ajustes para promover em destinos mais afiados com o universo social e moral de cada um Mas, antes de qualquer modelo, existe uma personalidade que compactua ou inverte o tipo de compreensão afinado ou repetido dentro de qualquer segmento que se apresente em seus códigos definidos. E assim, além de qualquer nível de aceitação de qualquer ato violento existe um estágio que imprime em compreendê-lo como um fato normal ou como uma grave situação.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Fita Branca

O JOGO(59]) O CARÁTER DA SIMPLICIDADE

Simplicidade realmente nos estimula a traduzi-la pela via mais fácil do que pelos entendimentos cuidadosamente selecionados para a sua condição. Poucos elementos não necessariamente deixam de compo-la, mas – ao contrário – sugestiona a compreendê-la dentro de sua condição e a tornar assim tão simples classificá-la como tal. Percepções que se avolumam em direção aos detalhes impedem de tornar o simples caracteristicamente traduzido dentro deste conceito – a não ser que não perceba nos detalhes ou que eles se façam contidos e rigidamente compostos para esta finalidade. Fora isto, qualquer simplicidade que se mostre em algum resultado consistente já foi – em outros tempos – formatos pomposamente edificados em suas referências. Não necessariamente pela sua forma.
O que convoca a estabelecer a simplicidade dentro de critérios mais rigorosos está no aproveitamento consistente daquilo que parecia simples, mas não possuía a propriedade coerente de se-lo. Detalhes podem continuar sendo um se não exercer a sua função específica dentro daquele processo depurado e continuado. Resultados podem se fazer pífios quando simplesmente ou aleatoriamente passamos a deixar os seus elementos exercerem livres concepções e não exercícios específicos e combinados. Isto considerando que a simplicidade se fará significativa e não o contrário de qualquer excesso.
Imagens, entretanto, formulam retornos mais completos, mas acabam determinando e direcionando o que na realidade caminha por torná-la procedimentos continuados. Pensar, desta forma, no que é simples pode parecer complicado, mas não se torna em um resumo se considerarmos que pode-se levar grandes períodos para que certos elementos prevaleçam naturalmente e se constituam em condensadas e simples formas de nos fazer à vontade dentro delas. Difícil pode-se tornar quando – na realidade – qualquer tipo de maturidade – independente do tempo em que se instala – possa promover suas prevalências e levá-las a concluir por esta simplicidade tão significativa.
Normalmente exercemos nosso tempo tentando compreender significativamente aquilo que nos interessa ou que nos impede de realizar nossos movimentos normais dentro do dia a dia. Aquilo que nos faz concluir pela pressa ou resolve-los pela ótica da praticidade vão estar condicionados a este retorno de simplificá-los, porque se farão alicerces para outras e novas construções, sempre indo em direção de um depuramento que pode se tornar natural ou exercido considerando justamente esta finalidade.
A diferença se fará quando promovermos seus reflexos e, combinados, acabem por torná-los em suportes consistentes para o que for instalado além daquilo que combinou-se de maneira tão sólida. Ou se fazerem em simplicidades impostas pela redução, mas vulneráveis e suscetíveis aos mesmos exercícios passados ou condicionados àquilo que não foi realizado por nenhum procedimento prévio.
Sendo específicos estamos simplificando seus procedimentos, mas não necessariamente promovendo suas combinações necessárias. Entender, por ai, poderá desenvolver outros excessos compensatórios ou concluir por atitudes simples, combinadas e elevadas a outros patamares. Tanto pela compensação, como pela combinação, vamos destinar a esta simplicidade um caráter específico de resultados que podem se fazer pela solidez de suas propostas como pela contradição de suas respostas, em torná-los prevalentes a partir de um determinado ponto. A partir daí é que realmente vamos perceber que existe muita diferença nestes modelos de simplicidade.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

OUTRAS ESTÓRIAS

Impactos normalmente congratulam com certas formas ampliadas de projeções ou em reformulações exageradamente progressivas, de velhas formulas testadas. Testá-los geralmente requer que consigamos chamar a atenção para aquilo que normalmente passaria despercebido em qualquer outra conjunção favorável. O que nos coloca projetores de um impacto se faz normalmente pelo deslocamento de algum elemento pertencente a certa paisagem,para inseri-lo em outra, onde evidentemente causaria certo espanto aquela nova configuração. Podem também ser destacados dentro daquilo que normalmente passaria ou se faria assimilado de forma mais complacente com o nosso cotidiano.
De uma forma ou de outra, impactos tem suas durações definidas por ou pelo tipo de assimilação que cada segmento se ajusta em comportá-lo, dentro das disposições ou dos destaques que normalmente destinamos os nossos olhares. Quando não, continuam flutuantes em serem dependentes de evidentes traduções que melhor sinalizem com aquela nova produção.
O que os contrasta normalmente, em termos de duração, se faz com o nosso desejo normal de resistir pela memória àquilo que normalmente tende a nos acompanhar de forma duradoura, pelas transformações normais desenhadas durante este processo. Quando – ao contrário – desaparecem da mesma forma em que normalmente impactou, não se fazem legítimas transformações, mais simples ¨desvios¨que envelheceram na mesma velocidade em que tomaram de empréstimo o seu olhar.
O que realmente nos toca, de uma forma ou de outra, não estaria evidentemente ligados a nossa capacidade de armazenar informações porque, se elas não forem despertas, continuarão situadas nas opções latentes de qualquer convenção, somente sendo despertada quando normalmente se fizessem em evidentes associações. E, quem não deseja pertencer a esta cadeia que nos promova a qualquer estado prevalente quando necessário.
O que coloca em dúvida as eficácias dos impactos seria a nossa tentativa de transformá-lo em um fato consumado e assim, desta forma, em que desvia a nossa atenção, também promove ao seu devido lugar, quando deixado de prevalecer pelo mesmo motivo. Se não, ficaria prevalente e, normalmente não iria pertencer a nenhuma cadeia associativa e seria rejeitado por sua completa ou por não ter sido totalmente traduzido. O que resiste normalmente não são os excessos cometidos nem as configurações insólitas, mas aquilo que tornou diferente pela maneira em que foi disposto e não pela sua imposição em se ver colocado de maneira forçosamente inserida.
O que transforma em constante desafio, de qualquer processo criativo, se faz normalmente pela sua permanência e não por seu impacto. Impacto vai provocando ou não os seus devidos ajustes tanto pelo contraste da rejeição, às formas de aceitação contidas dentro de suas propostas. Acostumar-se aos impactos seria o mesmo que tentar consumi-los da mesma maneira, quando excessivamente se colocarem como novidades. Aquilo que fica retido em nossa memória seria justamente o ganho de permanência de qualquer processo e isto não se faz necessariamente dentro dos impactos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O JOGO(58) AS DISPONIBILIDADES DA ATENÇÃO


Atenção nos propicia a disponibilizá-la normalmente dentro de tempos previstos e de sentidos nem sempre destinados a sua função. Contra indicadas nestes movimentados ambientes diários, ficam condicionadas a outras tantas situações, que passam a se justificar dentro de esguias e diversas configurações que lhe são atribuídas. Atenção mesmo, daquelas em que ficamos dispostos a apreendê-las ou compreende-las não se fazem fáceis atualmente. E, quando acontecidas, promovem alguma ou muita diferença vê-las inspecionadas dentro de situações que geralmente se tornam plenamente satisfeitas. Pelo menos podem fazer suas diferenças quando somos solicitados dentro ou a promover suas devidas percepções.
Mas, a atenção também reserva a suas surpresas subtendidas em seus procedimentos, ou analisadas por vertentes menos emocionais e concluídas dentro das necessidades normais de qualquer ser humano. Além de conter normalmente doses necessárias de seus aspectos valorativos, também estabelece trocas preciosas em ganhos muitas vezes superiores aos cronômetros demarcados de qualquer tipo de execução. Talvez nem tanto superestimada porque o tempo prevalece em ou na maioria das condições.
Entretanto, dentro de situações que possam empreendê-las, elas se fazem normalmente quando se tornam prevalentes e estabelecem as comparações necessárias. Além de se tornarem naturalmente valorizadas pela absoluta falta de tempo.
Geralmente o que as tornam valorizadas se encontra justamente neste aspecto de sobrepor ou marcar suas devidas diferenças, até mesmo quando destinamos espontaneamente a nossa atenção de maneira generosa. Atenção pela atenção normalmente cria certa dependência porque nos acostumamos a solicitá-la como fontes inesgotáveis de desprendimento. Também cria parâmetros um pouco perigosos onde acaba-se desenvolvendo certa relação e seus ajustes acabam sendo naturalmente construídos e tornados laços viciados por aquele tipo de troca.
O que ocorre nestes processos liga-se ao tipo de envolvimento criado por se tornarem relativas convenções e não estabelecerem seus devidos fins – mesmo que continue a exercê-los a partir de outros aspectos. Quando – dentro da atenção – estabelecemos suas finalidades o nosso envolvimento se comporta da mesma forma, tendo ou sendo concluídos em específicas formas, que se tornaram em atitudes conclusivas, sem aquelas ¨sobras¨ que estimulam a novos e outros tipos, onde o mesmo tempo precisa continuamente dos mesmos parâmetros para situá-la .Desta forma estabelece-se como trocas eximindo assim de nos disponibilizarmos continuamente como uma atitude de um só segmento. Na verdade, quando destinamos nossa atenção, estamos demarcando um tipo de relação que pode fazer-se pela sua racionalidade ou em construções mais emotivas, independente daquilo que a mobiliza em atender pelo tempo necessário.
Dependências geralmente estão ligadas tanto a um quanto a outra maneira, não se justificando assim elegermos um só destino beneficiário quando – e como em qualquer tipo de relação – se faz a partir de estabelecerem-se em trocas e, com a atenção, não se faz diferente. O que geralmente nos faz observar a atenção somente pelo lado de nossa disponibilidade está em sua condição de desprendimento que se observa quando é solicitada a compreender aquilo que não seja predominantemente pela nossa via de percepção.Anulam-se ai certos sentidos para promover uma integração combinada e, talvez por isso, ela se mantém condicionada a qualquer agenda como um item nem um tanto prioritário como possa ,mas sempre solicitada quando necessária.