Depois dos grampos e de intermináveis discussões sobre legalidades ou
invasões, nota-se, entretanto, o que prevaleceu contextualmente senão desgastes
sobre desgastes por desconstruções explicitas no que resta de governabilidade e
o que, em contraste, avance irrefreável e concomitante ao sabor das oscilações ajustadas ao tempo adquirido
da fragmentação política. Na velocidade e fatalidade do tempo representativo,
qualquer contundência transforma suas legitimidades em variações típicas da
eternidade efêmera e irresponsável, restando aos personagens o destino
coadjuvante de toda catarse
intensificada nos parâmetros eixos afogados sob perspectivas que, em
determinado momento, distorcem toda pretensão avaliativa. Nota-se que, em Dilma,
todo processo de desconstrução revela agora expedientes pouco louváveis de se
eximir do fato, mesmo em gravidades exorbitantes como a que agora permeia todo
contexto em sua indisfarçável soberba,
causa e oportunismo declarado numa visão esvaziada por contrapontos
irrelevantes, ajustados pelo emaranhado de atalhos injustificáveis para
simulações abusadas e acintosas. No discurso da posse suspensa de Lula, viu-se então todo esqueleto
narrativo posto em teste da verdade no seu contraditório efeito, apelativos estratégicos
de culpar a oposição e o juiz Sergio Moro toda extrapolação jurídica
a cabo da utilidade evidente da baixa política de resultados. Toda narrativa
justificada pelo modelo de poder ignora a realidade circundante para destilar
impropriedades e abusos da autoridade esvaziada e das visões interessadas na
vantagem a qualquer custo, demonstração que se vale desta justificativa
empenhada de salvamento de Lula a expressão máxima da utilidade política levada
ao exercício do acinte extorsivo. Mais uma vez refiro-me a este blog em lembrança da linguagem
desperdiçada por Lula e Dilma, falta
de acabamento estratégico, soberba autoritária onde poderia existir táticas contrapontuais;
perspectiva do modelo esta vertente individualizada por excedentes empreendidos em seus recursos estilísticos, favoráveis ao pretensioso e inacabado conceito
da prepotência, restando somente discursos esvaziados e procedimentais à norma inexistente,
para abusos desesperados do vale tudo agonizante e progressivo.
Procedimentos usados com freqüência
enganadora demonstram neste modelo terminal que a visão distorcida do poder
pelo poder já não existe mais como lógica probabilística, somente o inverso, ou
seja, o impedimento à regra sublocado por narrativas esvaziadas
conceitualmente; visto pela desconstrução quase total do modelo em questão,
nota-se o quanto Dilma existe em Lula e vice versa no quesito linguagem irrelevante/drástica de tratar o fato, dependentes das fidelidades construídas por expedientes
obscuros e, nos atalhos que toda prepotência instituiu como prerrogativa do
poder em sua magnitude suspeita; alias, só como exemplo, um atalho responsável por
toda seqüência até agora admitida senão a opção, em 2010, pela popularidade em
detrimento da economia, resultado agora visível no esqueleto estrutural em suas
repetidas manobras de fazer valer a vontade a qualquer custo. A voracidade
empenhada em usufruir o poder na sua plenitude circundada por simulações e táticas
duvidosas resultou neste amontoado político caótico e de oscilação
correspondente ao improviso exagerado e transitório do ambiente político,
provavelmente, adaptados ao estado primitivo da baixa política e dos derivados questionáveis
de desconhecimento do limite judiciário em questão. A narrativa vista nos
grampos da policia federal demonstra o que aqui sinalizava como armadilha confessa
de Lula e, por reflexo, de Dilma, caso fosse também o alvo. Como desperdiçar ou
jogar no ralo toda experiência respeitosa de governabilidade em manipulações
grosseiras e literais de abuso da autoridade em pretensioso messianismo; o que mais choca os
valores das instituições senão o arsenal de leviandades e de picuinhas sob os
quais se ajustam respeitabilidades incontestáveis. Dilma usa Lula e vice versa
nos salvamentos individuais e, nos proveitos calcados na justificativa do poder
pelo poder, diferença contextual bastante explicita quando demonstra o apreço
pelas manobras e táticas palacianas ao invés de escutar a população envolvida;
pode-se notar que o resultado prático do modelo de poder calcado no autoritarismo
governou de costas para a população em geral, a não ser nas marquetagens
direcionadas para as classes C, D, alusivas aos atalhos de oportunismo
e na vilania do uso indiscriminado das benesses
e aparelhamentos. O imbróglio de Lula nesta visão ministerial de
governabilidade se transformou num amontoado de clichês políticos, visados e
comprometidos com a narrativa equivalente, afundados por perspectivas nulas e
probabilisticamente fadado a comprometer ainda mais os critérios de governabilidade,
tendo, como pano de fundo, um poder que se desintegra a olhos vistos para uma
crise que, no auge do abismo, encontra a instabilidade sob o caos político.
Em tantas possibilidades que desapareceram
a partir de 2015, foram produzidos diversos cenários subseqüentes, transformando
num dejavu o que até ontem parecia
uma novidade já envelhecida. Dilma reflete toda esta catarse com a imobilidade
de quem assiste pela janela o desmantelar de todo projeto do modelo vigente,
ainda, tendo como reflexo um Lula que, afogado em sua eloqüência, traga com a
velocidade abissal todo propósito até aqui admitido como realidade; talvez,
passadas e vencidas expectativas iniciais poderemos ainda surpreender com as
direções impostas por Lula à combalida realidade econômica na sua já desgastada
e defasada formula populista de
reativação, podendo impor ao seu mítico empenho logístico uma realocação de
personagem a gosto do mandatário imbuído do poder de fato. Estas pretensas
modificações, mesmo negadas por Dilma, certamente farão parte do cardápio costumeiro
do populismo e manipulação das classes C, D. Se, mais uma vez, Dilma se tornou
desacreditada por suas versões simuladas do fato não há como creditar a verdade
a quem usura manipulações informativas ao custo desta vantagem do baixo
expediente político e, as táticas agora sem a correspondência factual de
proveito. Viu-se explicitamente no abuso retórico a armadilha mais evidente da
inversão, tornando análogos processos de criador
e criatura se deixar minar por
aquilo que desperdiçaram loucamente no estágio anterior a desintegração,
realidade que expressa como o tratamento político quando preventivo e não
sequelado revela-se em melhores táticas e, também, melhores apreensões; ao
contrario, o que se percebe agora senão a reação cada vez menor para uma
imposição contextual avançando descontroladamente, perigosamente insuflada por exercícios
de irresponsabilidade, reflexo deste limitado modelo de poder em suas
experimentações insustentáveis.
Um prognostico possível em meio a
esta catarse demonstra que o destino de Dilma e de Lula estão na fase de
esgotamento total das pretensões, submetidos à multiplicidade probabilística para
reações muito mais efusivas do contexto referente. Neste ponto, qualquer
esforço que se pretenda admitir vem adicionado ao tratamento irrelevante e
superficial dos fatos envolvidos, reduzindo ainda mais reações ao toque da
imobilidade total, podendo então tornar inteiramente desacreditado por mais que
algumas perspectivas valham em retorno tal resposta negativa se proceda
contaminada pelos mesmos impedimentos que agora rondam seu diagnostico. A Dilma
não resta opção senão interpretar o favorável,
uma vez que optou erroneamente no seu discurso do poder pelo poder, mais uma
vez recusando a realidade contextual e agravando um sintoma quando restituiu a
Lula o seu auto-salvamento; este expediente de fuga da operação lava jato e do juiz Sergio Moro tornou-se emblemático toda
experiência nestes 13 anos de poder,
nivelados por tratamentos indecorosos e sobrevivências que afrontam o
contingente populacional. Lula, por sua vez, aniquila todo patrimônio pela
cartada redentora e recusada pela população, indesejosa destes artifícios e
manobras e, das inconseqüências bastante explicitas que no desgaste inconfessável
dos atributos políticos minou qualquer pretensão maior em 2018. Ao contrario, o momento requer um rigor pressuposto contra
maquinações e alucinações de perseguição ou tentativas de golpe, provavelmente
o único discurso de guerra admitido a distorção da realidade de Dilma e Lula,
portanto, toda lógica se materializa quando acionadas insistentemente como estratégia
esvaziada ou tentativas simuladas de sobrevivência. O evidente desgaste dos
ideais de um Lula encurralado demonstra o quanto regrediu todo discurso
repetitivo e procedimental, muito tarde para correr o Brasil com tais pregações, eloqüência perdida num mar de soberba e
messianismo, provando que a diferença entre a projeção do Lula normal e aquilo
pelo qual se nivela existe um universo
de atalhos e manobras produzidas de maneira pouco louvável e com a experiência da
repetição pura e simples. Também no reflexo Dilma se nota nas mesmas pretensões
de autoridade para distorções somente observadas em quem coabita no poder pelo
poder. Rejeitados contextos, o que move o atual modelo senão o esqueleto dialético
da ação/reação, tendo nestes tramites uma gravidade que se pode transformar
mais ainda pela saída do PMDB do
governo; ai, deixa de existir governo, PT, Lula, todos submetidos ao teste
reivindicativo da população e também aos prováveis aglutinadores de um Brasil
pós catarse e oscilação política. Melhor salvar a economia já que a realidade política
se encontra naufragada na própria armadilha e sob os erros inadmitidos e, aos
poucos, contrapostos como realidade factual, tudo, pela negação e simulação
agora em visão bastante irresponsável, vale tudo bastante explicito onde antes
ainda prenunciava alguma autoridade signatária; talvez, questão de meses ou
dias esta realidade se torne totalmente REFORMULADA.
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