sexta-feira, 18 de março de 2016

LULA PRODUZ SUA ARMADILHA POLITICA

Depois dos grampos e de intermináveis discussões sobre legalidades ou invasões, nota-se, entretanto, o que prevaleceu contextualmente senão desgastes sobre desgastes por desconstruções explicitas no que resta de governabilidade e o que, em contraste, avance irrefreável e concomitante ao sabor das oscilações ajustadas ao tempo adquirido da fragmentação política. Na velocidade e fatalidade do tempo representativo, qualquer contundência transforma suas legitimidades em variações típicas da eternidade efêmera e irresponsável, restando aos personagens o destino coadjuvante de toda catarse intensificada nos parâmetros eixos afogados sob perspectivas que, em determinado momento, distorcem toda pretensão avaliativa. Nota-se que, em Dilma, todo processo de desconstrução revela agora expedientes pouco louváveis de se eximir do fato, mesmo em gravidades exorbitantes como a que agora permeia todo contexto em sua indisfarçável soberba, causa e oportunismo declarado numa visão esvaziada por contrapontos irrelevantes, ajustados pelo emaranhado de atalhos injustificáveis para simulações abusadas e acintosas. No discurso da posse suspensa de Lula, viu-se então todo esqueleto narrativo posto em teste da verdade no seu contraditório efeito, apelativos estratégicos de culpar a oposição e o juiz Sergio Moro toda extrapolação jurídica a cabo da utilidade evidente da baixa política de resultados. Toda narrativa justificada pelo modelo de poder ignora a realidade circundante para destilar impropriedades e abusos da autoridade esvaziada e das visões interessadas na vantagem a qualquer custo, demonstração que se vale desta justificativa empenhada de salvamento de Lula a expressão máxima da utilidade política levada ao exercício do acinte extorsivo. Mais uma vez refiro-me a este blog em lembrança da linguagem desperdiçada por Lula e Dilma, falta de acabamento estratégico, soberba autoritária onde poderia existir táticas contrapontuais; perspectiva do modelo esta vertente individualizada por excedentes  empreendidos em seus recursos estilísticos,  favoráveis ao pretensioso e inacabado conceito da prepotência, restando somente discursos esvaziados e procedimentais à norma inexistente, para abusos desesperados do vale tudo agonizante e progressivo.  
Procedimentos usados com freqüência enganadora demonstram neste modelo terminal que a visão distorcida do poder pelo poder já não existe mais como lógica probabilística, somente o inverso, ou seja, o impedimento à regra sublocado por narrativas esvaziadas conceitualmente; visto pela desconstrução quase total do modelo em questão, nota-se o quanto Dilma existe em Lula e vice versa no quesito linguagem irrelevante/drástica de tratar o fato, dependentes das fidelidades construídas por expedientes obscuros e, nos atalhos que toda prepotência instituiu como prerrogativa do poder em sua magnitude suspeita; alias, só como exemplo, um atalho responsável por toda seqüência até agora admitida senão a opção, em 2010, pela popularidade em detrimento da economia, resultado agora visível no esqueleto estrutural em suas repetidas manobras de fazer valer a vontade a qualquer custo. A voracidade empenhada em usufruir o poder na sua plenitude circundada por simulações e táticas duvidosas resultou neste amontoado político caótico e de oscilação correspondente ao improviso exagerado e transitório do ambiente político, provavelmente, adaptados ao estado primitivo da baixa política e dos derivados questionáveis de desconhecimento do limite judiciário em questão. A narrativa vista nos grampos da policia federal demonstra o que aqui sinalizava como armadilha confessa de Lula e, por reflexo, de Dilma, caso fosse também o alvo. Como desperdiçar ou jogar no ralo toda experiência respeitosa de governabilidade em manipulações grosseiras e literais de abuso da autoridade em pretensioso messianismo; o que mais choca os valores das instituições senão o arsenal de leviandades e de picuinhas sob os quais se ajustam respeitabilidades incontestáveis. Dilma usa Lula e vice versa nos salvamentos individuais e, nos proveitos calcados na justificativa do poder pelo poder, diferença contextual bastante explicita quando demonstra o apreço pelas manobras e táticas palacianas ao invés de escutar a população envolvida; pode-se notar que o resultado prático do modelo de poder calcado no autoritarismo governou de costas para a população em geral, a não ser nas marquetagens direcionadas para as classes C, D, alusivas aos atalhos de oportunismo e na vilania do uso indiscriminado das benesses e aparelhamentos. O imbróglio de Lula nesta visão ministerial de governabilidade se transformou num amontoado de clichês políticos, visados e comprometidos com a narrativa equivalente, afundados por perspectivas nulas e probabilisticamente fadado a comprometer ainda mais os critérios de governabilidade, tendo, como pano de fundo, um poder que se desintegra a olhos vistos para uma crise que, no auge do abismo, encontra a instabilidade sob o caos político.
Em tantas possibilidades que desapareceram a partir de 2015, foram produzidos diversos cenários subseqüentes, transformando num dejavu o que até ontem parecia uma novidade já envelhecida. Dilma reflete toda esta catarse com a imobilidade de quem assiste pela janela o desmantelar de todo projeto do modelo vigente, ainda, tendo como reflexo um Lula que, afogado em sua eloqüência, traga com a velocidade abissal todo propósito até aqui admitido como realidade; talvez, passadas e vencidas expectativas iniciais poderemos ainda surpreender com as direções impostas por Lula à combalida realidade econômica na sua já desgastada e defasada formula populista de reativação, podendo impor ao seu mítico empenho logístico uma realocação de personagem a gosto do mandatário imbuído do poder de fato. Estas pretensas modificações, mesmo negadas por Dilma, certamente farão parte do cardápio costumeiro do populismo e manipulação das classes C, D. Se, mais uma vez, Dilma se tornou desacreditada por suas versões simuladas do fato não há como creditar a verdade a quem usura manipulações informativas ao custo desta vantagem do baixo expediente político e, as táticas agora sem a correspondência factual de proveito. Viu-se explicitamente no abuso retórico a armadilha mais evidente da inversão, tornando análogos processos de criador e criatura se deixar minar por aquilo que desperdiçaram loucamente no estágio anterior a desintegração, realidade que expressa como o tratamento político quando preventivo e não sequelado revela-se em melhores táticas e, também, melhores apreensões; ao contrario, o que se percebe agora senão a reação cada vez menor para uma imposição contextual avançando descontroladamente, perigosamente insuflada por exercícios de irresponsabilidade, reflexo deste limitado modelo de poder em suas experimentações insustentáveis.

Um prognostico possível em meio a esta catarse demonstra que o destino de Dilma e de Lula estão na fase de esgotamento total das pretensões, submetidos à multiplicidade probabilística para reações muito mais efusivas do contexto referente. Neste ponto, qualquer esforço que se pretenda admitir vem adicionado ao tratamento irrelevante e superficial dos fatos envolvidos, reduzindo ainda mais reações ao toque da imobilidade total, podendo então tornar inteiramente desacreditado por mais que algumas perspectivas valham em retorno tal resposta negativa se proceda contaminada pelos mesmos impedimentos que agora rondam seu diagnostico. A Dilma não resta opção senão interpretar o favorável, uma vez que optou erroneamente no seu discurso do poder pelo poder, mais uma vez recusando a realidade contextual e agravando um sintoma quando restituiu a Lula o seu auto-salvamento; este expediente de fuga da operação lava jato e do juiz Sergio Moro tornou-se emblemático toda experiência nestes 13 anos de poder, nivelados por tratamentos indecorosos e sobrevivências que afrontam o contingente populacional. Lula, por sua vez, aniquila todo patrimônio pela cartada redentora e recusada pela população, indesejosa destes artifícios e manobras e, das inconseqüências bastante explicitas que no desgaste inconfessável dos atributos políticos minou qualquer pretensão maior em 2018. Ao contrario, o momento requer um rigor pressuposto contra maquinações e alucinações de perseguição ou tentativas de golpe, provavelmente o único discurso de guerra admitido a distorção da realidade de Dilma e Lula, portanto, toda lógica se materializa quando acionadas insistentemente como estratégia esvaziada ou tentativas simuladas de sobrevivência. O evidente desgaste dos ideais de um Lula encurralado demonstra o quanto regrediu todo discurso repetitivo e procedimental, muito tarde para correr o Brasil com tais pregações, eloqüência perdida num mar de soberba e messianismo, provando que a diferença entre a projeção do Lula normal e aquilo pelo qual se nivela existe um universo de atalhos e manobras produzidas de maneira pouco louvável e com a experiência da repetição pura e simples. Também no reflexo Dilma se nota nas mesmas pretensões de autoridade para distorções somente observadas em quem coabita no poder pelo poder. Rejeitados contextos, o que move o atual modelo senão o esqueleto dialético da ação/reação, tendo nestes tramites uma gravidade que se pode transformar mais ainda pela saída do PMDB do governo; ai, deixa de existir governo, PT, Lula, todos submetidos ao teste reivindicativo da população e também aos prováveis aglutinadores de um Brasil pós catarse e oscilação política. Melhor salvar a economia já que a realidade política se encontra naufragada na própria armadilha e sob os erros inadmitidos e, aos poucos, contrapostos como realidade factual, tudo, pela negação e simulação agora em visão bastante irresponsável, vale tudo bastante explicito onde antes ainda prenunciava alguma autoridade signatária; talvez, questão de meses ou dias esta realidade se torne totalmente REFORMULADA.

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