quarta-feira, 20 de abril de 2016

O JOGO(308) SIMULAÇÕES DE PODER NO FATO INCONTESTI

Ultrajado pela perspectiva e armadilha probabilística, o governo agora biparte difusamente entre um presidente e um vice, propondo sobre o hiato representativo a lógica do excedente relegado, para ressignificações em espera inconveniente de discutir futuros diagnósticos da crise político-econômica. Em hipótese se percebe na narrativa de cada um, dispersões radicalizantes por onde o exercício da fala e do silencio discute abertamente a sobreposição tática, para reações que esperam afoitas e vingativas a contenção do ideário oposicionista em se fazer valer o propósito e tratar abertamente de uma finalidade de poder, para outras reconstruções admitidas à fase do pos-impedimento; pensa-se, entre subliminares e explicitudes, que a sessão preconizada pelo inicio do impedimento sinalizou fatidicamente um destino histórico pirateado e midiático em construção do irrelevante/drástico, permeado pelo conservadorismo e baixo limite político, feito sob medida para espetacularizações e impropriedades narrativas. Por destinos mais consistentes que no cenário explicito por difusões de impropérios, façam-se liquefeitos contrapontos da oscilação e dramaticidade política posta pela pressa dos competidores em ausência formal de lógica contextual, para fazer valer no impedimento o ano eleitoral exposto pelos minutos de cada um, em representação simulada ao conveniente diagnóstico do catolicismo prevalente. Esta contradição explicita entre a gravidade do momento e o exercício irrelevante e simulado do congresso fez do pragmatismo exercitado o viés direcional de conseqüência representativa, posta sob o tratamento dispensado pelo governo a todo este tempo admitido de favores e fisiologismos, paridade política transitada entre o designativo restritivo e a opção absolutista e distorcida do entendimento individual. Na fala que cada um exercitou a contento existiu a dispensa histórica dos critérios de respeitabilidade para registros de pura esculhambação e adulteração – correspondentes do cotidiano político -, fazendo lúdico comparar o expediente da suíte do hotel de Lula, os mesmos elementos combinatórios do ambiente congressista em sua catarse funcional e de adulteração sistemática a lógica e tratamento respectivo; cada um distorce a perspectiva ao seu ambiente favorável, talvez ai Dilma se encontre agora na sua radicalização acintosa ao protesto inadmitido dos erros sistemáticos, fundindo o “golpe” a tramas do jogo político com uma realidade onde se percebe excluída pela sua incompreensão contextual e vagante prospecto comunicacional totalmente impróprio e distorcido.
Mais que uma fusão do transitório com a inconsciência presencial, a lógica do duplo e da polaridade agora se expressa cabalmente entre o hiato preconizado pelo impedimento e a lógica de um novo governo; tem-se em alternância vingativa uma oposição discutida pelo PT como reação a possível alternância do poder, posto pelo aspecto destrutivo de continuidade da crise político-econômica, entrave que agora se empenha rediscutir o que, em tese, seria um pacto de sobrevivência, posto em duvida quando se radicalizou pretender a individualidade negativa a cada toque positivo que se pretenda a esta união. Não se nega que a estratégia política do PMDB consumou-se prevalente e sobreposta à repetição exaustiva do governo e ao desperdício informativo exageradamente constante em irrefreáveis impropérios e invasivos, talvez, posto em desgaste frontal em ausentes alternativas intermediarias, principalmente em se tratando de erros e inexperiências táticas de representação, dispondo o PMDB de escalas reflexivas em oportunismos declarados e exercícios e manobras muito mais afeitas ao jogo político e os critérios do poder pelo poder. O limite exposto pelo PT e o governo consolidou-se exaustivel e desleixado, fazendo minar progressivamente sinais declarados de contraste entre o honesto e o desonesto, também, por ser governo se tornou alvo preferencial e expôs com mais vigor todo arsenal de maldades a perspectiva de continuidade e esperteza declaradamente ingênua e mordaz. Todo processo de desconstrução rápida leva consigo seqüelas muito expressivas decorrentes do cenário competitivo e da lógica da informação irresolvida presencialmente, provavelmente repercutida em narrativa como recalque ou formação moral subseqüente. O governo – no transitório e oscilante momento – trava consigo mesmo os resultados de uma consciência tardia e soberba, ferida em altura corresponde à perspectiva do poder ensejado como vantagem sistemática, também, a irrelevância da simulação abusiva e irresponsável, criadouros de armadilhas auto-explosivas e manobras erráticas e insistentes. Todo este arsenal posto em movimento a partir da origem adulterada em 2010, agora viraliza intertextual, expondo o limite do modelo e criando um viés negativo onde o exercício narrativo radicalizante tenta reparar esta diferença; muito tarde para utilizar as mesmas estratégias eleitorais de 2014 quando então o ápice da simulação abusou descaradamente da credibilidade alheia e que, agora, empenha esvaziado sobre um hiato confessional. Toda linguagem exagerada e simuladamente sugestiva distorce em suficiência correspondente, fazendo acreditar que tais empenhos se mostrem creditáveis aos aditivos alheios, espertamente mantidos pela vantagem individual e autoritária; toda inverdade quando sustentada sobre uma estrutura limitada e polarizada faz da justificativa creditavel a mesma arma de negação conseqüente, fato inconteste quando inverso ao esvaziamento narrativo projetar toda lógica a falácia e adulteração do descrédito e da reivindicação comparativa.
Havendo perspectiva de alongamento dos tramites do impedimento, preocupantes se tornam as inércias políticas com repercussão direta na economia, principal sustentáculo e, também, provador estimulado de toda crise em questão. Naturalmente que a peregrinação do governo em busca da probabilidade inexistente faz do conflito existencial uma mistura de traições e vinganças admitidas e projetadas como resposta imediata ao diferencial contextual que – em tese – desapareceu como perspectiva reparadora; o jogo político quando estimulado por contrapontos, como se percebe no PT e governo, promove excedentes muito elevados porque imobiliza o raciocínio ao posicionamento definitivo e repetitivo, fazendo-se passível de adulterações e simulações, já que todo sujeito é complexo e oscilante e a informação transforma continuamente em movimento compatível ao contexto referente – daí a simulação ocupar este lugar oscilante -, contrapostos a definições resistentes onde se apega por hábitos todo critério procedimental. Ou seja, o modelo, desorganizado e precipitado, feito apenas para se consumar nos momentos de catarse eleitoral, se torna perdido e ineficaz quando comparado ao raciocínio estratégico e preventivo de analise e resultado, podendo-se tornar superados e resistentes quando limitados a determinações partidárias – prováveis pressupostos da conveniência – adaptando-se sobre uma longa diferença contextual. O PT necessita urgentemente de reestruturação porque, como governo, expôs excessivamente suas táticas e manobras, mas não acompanhou as mudanças temporais da informação conseqüente, tornando-as irrelevantes e superficiais, já que, admitidos ao jogo político e suas facilidades optou por seguir os tramites sazonais e eleitorais, ao invés de readaptações coerentes de programas ideológicos. O que se viu no governo senão a promiscuidade política levada ao purismo tático da vontade individual sobrepondo-se invasivamente por procedimentos, tentando encaixar um modelo que não se adaptou – exceto nos momentos de popularidade -, a discussão dialética de entendimento, prevalecendo o funil unilateral de entendimento e vontade.

Demonstrações radicais esvaziadas sugerem desconstruções de coerência e limites previsíveis; encaixe então o modelo e o governo num só prognostico e entenda o porquê agora do viés destrutivo probabilisticamente prevalecendo sobre o que vem,  em lógica, nas possíveis manifestações   num possível governo Temer. Existe agora, declaradamente, uma trama política de alusão ao “golpe” propalado – talvez a melhor estratégia do governo -, possibilitando a ambigüidade de compreensão sobre as tramóias e exercícios de legitimidade preventiva; muitas pessoas relacionam o “golpe” a toda implosão governamental devidamente sinalizada desde 2011, posta ao exercício da vontade toda seqüência que agora cria a armadilha fatal, destinando o retrocesso político-econômico ao inimigo imaginário e ao processo de desconstrução alheia, criando suposições muito distantes da credibilidade mais afeita e predisposta. Todo excedente que, relegado, pairou sob um limbo a espera de melhores resoluções, agora cumpre toda seqüência cíclica – o que poderia ser evitado -, impondo sobre a oscilação interpretativa a rigorosa função preponderante e, criando uma sombria previsão de reparo político-econômico às expectativas de futuros governos. Lula tem, neste processo, a mesma culpa de Dilma, já que empenhou para a posteridade governamental uma economia em declínio sob uma esperteza criativa, provavelmente pensando que, burlado este ciclo descendente, a expectativa eleitoral viria conseqüentemente em retorno e lógica posterior. Só que, calculado sobre progressão das commodities e da valorização do pré-sal toda alternativa localizada de desoneração minou rapidamente as pretensões alongadas de poder, desconstruindo progressivamente a experiência política em favor de urgências e drasticidades que agora se movimentam no impedimento e, na possível finalização deste ciclo. Provavelmente, o exercício governamental de desalinho político-econômico vem deste desnível, soberbamente relegado durante anos e tardiamente admitido como resposta inconsistente ao cenário degradado e extremamente polarizado que agora inverte radicalizado, insuflado prevalentemente pelo governo e Lula, também pelo PT. Esta transição vai consumir boa parte do ano de 2016, tendo como urgência reparadora um tempo menor para o ajuste econômico e suas necessidades estruturais, podendo inviabilizar a reforma da previdência e a tributaria pelo caráter premente de inversão da expectativa e da credibilidade; para tais retardamentos, penalidades maiores a população traçam cenários nada animadores para 2017, graduais perspectivas de retomada do emprego e de equalização desta deficiência recessiva, projetados até 2020 tornar aceitável uma retomada. Por enquanto, a transição política ainda reservará surpresas em manifestações contra o “golpe” e outros similares em paralisações pontuais, dificultando e, muito o possível governo de Temer executar as medidas impopulares e os previsíveis aumentos de impostos que porventura continuarão exigindo reparos à RECESSÃO FISCAL.

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