Descrito como “golpe” e propalado midiaticamente como
tal, o governo e o PT se encontram
agora entre o embuste e a ressignificação estrutural, ambivalentes propensos a
continuar interferindo na vida política brasileira, como também sustentar,
mesmo que simuladamente, os entendimentos que agora prometem distorcer a visão estratégica
de cada um. Anunciado com ênfase e tramas de bastidores, o efeito narrativo de
tal pretexto vem angariando seguidores e militantes,
tanto no aspecto de deformação ideológica,
como também de propagação ambígua na qual se interpreta como conveniente e assertivo
integrar voluntariamente ao mote do “golpe”
um viés estratégico, também, como insurgência sustentada de reorganização política,
pensando simplesmente que este eixo pode se transformar num ambiente ideológico
das esquerdas esquecidas para fazer páreo ou impedir um possível governo Temer. Dilma reforça exacerbada a
tese vingativa das tramas de bastidores, reforçando o jogo político e tentando
mascarar os erros inadmitidos até agora, sustentando-se nos expedientes
internacionais – mais sensíveis a informação golpista -, tentando criar factóides
de pura ambigüidade e de discutível probatório verídico, resistindo
indefinidamente entre o lado medíocre da situação para referendar e angariar
para o PT a origem que faltava para ressurgir conflitante e radicalizado em
performance estratégica de convencimento. Depois de tantas manobras e táticas erroneamente sustentadas pelo governo nas suas
confianças exageradas e fragmentadas,
propaladas autoritariamente como manda o figurino do poder invasivo de
expectativas absolutas na vantagem a qualquer custo, vistas agora em nuances dialéticas insurgentes do propalado “golpe”,
configurado na prerrogativa infinita e, pela veracidade simuladamente encaixada
no vice-presidente; provavelmente, passa-se
a noção de que existem mesmo conluios e tramas de bastidores conspirando pela
queda do governo, tanto que, pela probabilidade dialética, angaria militâncias e
produz expressivas divisões na população por creditar tal fato como existente
ou, interpretar pelo lado medíocre esta
investida de Dilma pelos destinos internacionais a procura de sustentação política.
Em discussão, de novo, o pensamento individualista levado a pretensão combinatória
de se fazer valer a qualquer custo,
desimportando ai a real intenção do pacto, alias, nunca levado a serio pelo
governo como resultado pratico da crise político-econômica.
Prevalecer a qualquer custo não
vale a pena em situações definitivas ou probabilisticamente saturadas como
agora no governo se percebe esvaziado literalmente, com vacância ministerial
expressiva e com baixa sustentação política; tem-se, também, na debandada do PMDB um caráter de traição, abandono do
barco e reforço às expectativas golpistas de pretender tramar antecipadamente
todo desfecho agora explicitado. Pode ser interpretado desta forma, como também,
pelo lado autoritário do governo no tratamento do congresso, depreciando e
excluindo as manobras e táticas políticas tão necessárias num ambiente volátil e
oscilante como o cenário político em questão. Pode tudo ou nada, principalmente
se levarmos em conta a ambigüidade narrativa do “golpe” e os antecedentes
esquecidos de erros e impedimentos do congresso ao referendar
pautas-bomba num momento em que o necessário ajuste creditava em expectativa e contundência,
agora, servindo de pano de fundo dramático para a crise de valores e de
perspectivas. Existe um lado estratégico do governo que se apega as facilidades
bastante discutíveis, pagando para ver o vale tudo irresponsável e kamikaze de exercício político e,
investindo numa resistência condicionada aos valores individuais e autoritários
de se fazer valer pela força bruta, impulsivamente existencial a ponto de,
sendo governo, tomar medidas precipitadas e sistematicamente acometidas pelo
afoito e, mesmo não sendo, ao que parece nesta ida abrupta em discursar na ONU. Para o PT, o propalado “golpe”
deve referendar estratégias daqui para frente em radicalizações e, por reflexo,
aumentar e renovar a militância,
dividindo o pais numa polaridade que, ao possível governo Temer, tenha a
dificuldade expressiva pela mobilização oposicionista com o mesmo teor unilateral que direcionou o partido no
tempo existente. O ridículo de pretender impedir um desfecho previsível no Brasil, passando a imprimir um discurso
esvaziado e desacreditado midiaticamente, para em oposição, produzir uma
popularidade distorcida e motivada, em alguns casos, pela intenção simulada dos
movimentos sociais, por outro lado, convencendo novos creditáveis ao destino da
vitimização interpretativa e, da anarquia preconizada pelas mobilizações e
outras intervenções pontuais. Existe, certamente, uma finitude e um
renascimento propondo conflitantes pelo eixo reativo, a não ser que o
prognostico operacional da lava jato
venha ceifar toda pretensão aos destinos negativados da penúria política e, da
desagregação eleitoral também previsível aos investimentos do PT. Esta
diferença expressiva das exibições invasivas às regras propagadas por Lula nos seus infindáveis discursos marqueteiros
agora conflitam com a probabilidade de renascimento prevista à menção do “golpe”,
paradoxo em armadilhas pensadas como recurso estilizado e, do desperdício narrativo
posto ao exibicionismo como se percebe em Dilma tal adequação histórica vitimizada
e insurgente.
Existe nestas dialéticas relegadas
pela baixa política pragmática uma explicitude vivenciada contextualmente,
direcionadas pelas negações narrativas e apelos táticos a manobras de
bastidores, fazendo do jogo probabilístico
uma interação absoluta e fragmentada ao excluir o intervalo de consideração.
Assim faz Dilma ao recusar a ponderação para investir numa narrativa que pode enterrar
de vez seu ideal histórico, valendo-se sucessivamente de estratégias distorcidas
e do vale tudo; foi assim com a economia quando executou a fatídica “nova matriz econômica”, como em outros
impulsivos destratos contextuais, tudo com a vertente kamikaze que destrói toda
experiência política em favor de alternativas puristas do jogo probabilístico.
Esta visão restrita que agora empenha o possível discurso na ONU, aproveitando
a onda internacional que, de fora, acumula a informação posta aqui mesmo em
direção estratégica de desacreditar a possível transição política, repercutindo
aqui mesmo o distorcido em favor de vantagens individuais e de apego ao poder
pelo poder. A probabilidade domestica
de inverter expectativas do jogo político se tornaram rarefeitas ou impossibilitadas,
fazendo continuar apelos internacionais a este “golpe” meio simulado e
intertextualmente creditado, justificado pela polaridade efusiva e unificada do
discurso de oposição; tem-se, no PMDB, a pretensão das manobras e articulações pensadas
pela facilidade política de tramar um golpe em meio às trapalhadas e
impopularidades do governo, provavelmente, protagonismo adquirido com a
debandada do governo e a inversão tática, principalmente contando com o
maquiavelismo de Eduardo Cunha e sua
vasta experiência política em sobreviver, mesmo em conturbadas e corrompidas
situações de ódio generalizado a sua
figura. Daí conclui-se que, no jogo político, o PMDB exercita-se em melhor
performance que o governo e, com a conveniência dos expedientes narrativos
desperdiçados por Dilma e Lula em estratégias sucessivas e exposições longamente
contestadas pelos aspectos midiáticos, extravagantes em exibir a polaridade,
reforçando e expressando sob uma grave crise de valores e de apego a baixíssima
política de confronto e desconstrução; tem-se,também, o apego exagerado do
poder, professando manobras e simulações para se fazer valer redutivamente na
sua manutenção continuada.
Um “golpe” com manifestações de
rua pode ser peculiarmente visto pelo lado pirateado e copiado de 1964, em usurpações invasivas dos
elementos originais em ressignificação bastante peculiar dos prognósticos simulados
sobre o purismo do jogo probabilístico e revelia contextual, como sempre se
pautou o governo nos seus antecedentes estratégicos cíclicos ao poder de fato e
de direito. Jogar politicamente sem a devida experiência pode ser um tiro no pé, sempre, já que distorcidas
pela quantidade elementar o ambiente estratégico lança mão dos próprios limites
provisionados sobre o inimigo em questão; o governo jogou muito mal quando
mandou para o congresso um orçamento
deficitário, resultando em perdas seqüenciais do grau de investimento, em outras,
exibiu toda soberba com o congresso, atrelando as verbas parlamentares ao
estimulo e tramitação das pautas e outros condicionamentos fisiológicos, limite bastante discutível quando se deseja governar
pelo consenso e com a visão restrita da baixa política de resultados. Esta
particularidade que agora desemboca no propalado “golpe” faz da armadilha do
governo o apressamento da saturação do modelo de poder e das expectativas de
quem vive do jogo político sem saber jogá-lo como se deve; o que se percebe nas
experiências e oportunismos do PMDB, senão agir sobre as seqüelas deixadas pelo
tempo coadjuvante em manobras usuradas pela visão puramente situacional, representativo
no vice-presidente em incumbência natural de dar seqüência ao processo
governamental. Ou seja, decorrencia natural permeada pelo oportunismo deslavado
e politicamente consignado pela experiência de governos anteriores, adaptados
ao momento bastante desfavorável da corda ao enforcado, resultado do vasto
excedente relegado e da inércia e
desconstrução que, no governo, existiu no desperdício estratégico a pretensão
elevada da continuidade a qualquer custo. Para o PT, ao contrario, a existência
do “golpe” pode referendar em Lula a reorganização eleitoral, como também,
administrar o erro do possível governante pela ótica costumeira e repetitiva de
se tornar viável politicamente; existe um porem muito evidente ao desgaste
continuo do personagem Lula que, em comparativos desequilibrados mina em
progressivo toda pretensão revitalizante de insurreição e preponderância,
escalonando valores contextuais à ótica midiática de quem administra a sua
narrativa pela exibição polarizada e irreflexiva. Justificado então pelo paradoxo, o governo, o PT e Lula agora
observam a dialética recusada pelo unilateralismo , vivendo explicitamente a contradição,
realidade demonstrativa de como a linguagem expressa contextualmente o que foi
relegado em discurso radicalizante e definitivo, proposto ao agrado geral e
submetido a testes e valores que se vão desconstruindo rapidamente, esfacelados
pela armadilha probabilística do IMPEDIMENTO.
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